26 de dezembro de 2024

Golpe do pacote de viagem: polícia investiga idosa suspeita de promover ‘excursão falsa’ em BH

Vítimas contrataram excursão para Caldas Novas, em Goiás, com transporte e hospedagem inclusos. No entanto, passeio nunca aconteceu. Polícia investiga mulher suspeita de aplicar golpes em moradores do Morro do Papagaio
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) investiga uma idosa, de 66 anos, por estelionato. Ela é suspeita de aplicar um golpe em moradores de Belo Horizonte que compraram um pacote turístico.
À TV Globo, as vítimas relataram que contrataram uma excursão para Caldas Novas, em Goiás, com transporte e hospedagem inclusos. No entanto, a viagem nunca aconteceu.
“Ela entrou em contato novamente, falou que tinha um problema no hotel com as reservas e que não conseguiria, só conseguiria se pagasse uma dívida de R$ 26 mil”, disse a massoterapeuta Gabriela Ferreira, que perdeu R$ 2,4 mil ao adquirir o pacote para viajar com o marido e o filho, de 4 anos.
Polícia investiga idosa suspeita de promover ‘excursão falsa’ em BH
Reprodução/MG2
Ao todo, 24 adultos e 15 crianças participariam do passeio. O negócio foi fechado, principalmente, por aplicativos de mensagens, a partir das promoções ofertadas pela investigada. De acordo com as vítimas, a mulher pegou o dinheiro, não entregou os vouchers prometidos e sumiu.
“Mesmo com todo esse percalço, a gente estava na esperança até o último momento. Mas, como ela agiu de má-fé, a gente gostaria de receber o nosso dinheiro de volta”, afirmou Gabriela.
A cozinheira Márcia Dias contou que já tinha viajado com a responsável pela excursão outras vezes e, por isso, indicou o pacote para alguns parentes. Na família dela, oito pessoas ficaram no prejuízo.
“Ela acabou com o sonho nosso, e tem o prejuízo, o prejuízo foi alto, foi mais ou menos R$ 50 mil, porque todo mundo não devia nada, ela recebeu tudo. A gente que é adulto fica na ilusão, mas passa; criança, não. Foi uma coisa muito decepcionante para a gente, sim”, relatou Márcia.
Após o registro de boletins de ocorrência, a idosa foi conduzida a uma delegacia da Polícia Civil, onde, segundo a instituição, foi ouvida e liberada, por não se encontrar em “estado flagrancial”.
“A PCMG instaurou inquérito policial para a devida apuração dos fatos e segue com as devidas oitivas e demais diligências”, completou.
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Alerta
O presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG), Thiago Freitas, alerta que é preciso desconfiar sempre.
“Se o valor for um valor baixo, não for um valor de mercado, começa por aí. Tentar fazer pagamento via cartão de crédito se possível ou via PIX, para ter minimamente um comprovante. Por fim, tentar ter um contrato”, explica Freitas.
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