21 de setembro de 2024

Governo brasileiro condena ataque a consulado iraniano na Síria e pede ‘máxima contenção’

Governo iraniano atribuiu a Israel a autoria do ataque ao prédio e pediu responsabilização no Conselho de Segurança da ONU. Itamaraty pediu respeito a representações diplomáticas. Consulado do Irã na Síria é alvo de ataque
O Ministério das Relações Exteriores brasileiro divulgou nesta quarta-feira (3) nota condenando o ataque realizado na segunda-feira (1) ao consulado do Irã em Damasco, capital da Síria.
O ataque destruiu o prédio e causou a morte de Mohammad Reza Zahedi, comandante sênior da Guarda Revolucionária iraniana, além de outros sete membros da guarda, incluindo dois outros comandantes. As informações são da mídia estatal iraniana.
O comandante das forças terrestres da Guarda Revolucionária do Irã, Mohammad Reza Zahedi, em imagem de arquivo.
Reprodução/ Redes sociais
O ataque aumentou as tensões na região. Em comunicado ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), o governo iraniano atribuiu o ataque ao governo de Israel, chamou o ato de “terrorista” e pediu que o governo de Benjamin Netanyahu seja responsabilizado pela ação.
Já o presidente do Irã, Ebrahim Raisi, afirmou na terça-feira (2) que o ataque “não ficará sem resposta”.
Israel não assumiu oficialmente ter sido responsável pelo ataque, mas fontes do governo do país ouvidas pelo jornal americano “The New York Times” confirmaram a autoria do ato.
‘Máximo de contenção”
Na nota, o governo brasileiro condenou o ataque, “que provocou mortes e ferimentos entre funcionários diplomáticos e consulares” e pediu respeito ao “princípio da inviolabilidade das representações diplomáticas e consulares” previsto em convenções internacionais.
Local de prédio destruído em Damasco, na Síria, em 1º de abril de 2024
Omar Sanadiki/AP
“O governo brasileiro lembra, ademais, que o respeito à soberania e à integridade territorial dos países é princípio basilar da Carta das Nações Unidas e exorta todas as partes envolvidas a exercerem o máximo de contenção”, diz o documento.
O Itamaraty também manifestou preocupação com “a disseminação de focos de hostilidade na região, que podem resultar em consequências graves e imprevisíveis para a estabilidade no Oriente Médio.”

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