17 de outubro de 2024

Governo de SP monta gabinete de crise para enfrentar chuvas previstas para sexta, sábado e domingo

Defesa Civil emitiu aviso de risco meteorológico entre esta sexta (18) e domingo (20). O volume total de chuva pode chegar a 95 milímetros na região metropolitana durante o período de alerta. Anúncio de gabinete de crime para chuvas
Reprodução/GloboNews
O governo de São Paulo anunciou que vai montar um gabinete de crise para enfrentamento de chuvas a partir das 8h desta sexta-feira (18).
O anúncio foi feito em coletiva de imprensa nesta quinta (17) após reunião entre o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), o prefeito de Taboão da Serra, Aprigio (Podemos) e os representantes das cinco concessionárias de energia do estado.
A região metropolitana de São Paulo ainda não se recuperou do último temporal da semana passada, mas a Defesa Civil já emitiu um aviso de risco meteorológico entre sexta (18) e domingo (20). O volume total de chuva pode chegar a 95 milímetros na região metropolitana durante o período de alerta.
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O coronel Henguel Ricardo Pereira, secretário-chefe da Casa Militar e coordenador da Defesa Civil, explicou que o gabinete será formado por integrantes do Corpo de Bombeiros, da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e da área da saúde e segurança.
A partir desta quinta, equipes da Defesa Civil também vão acompanhar o trabalho da Enel do centro de operações da empresa para avaliar a mobilização das equipes durante episódios climáticos extremos.
“Vamos acompanhar o deslocamento dos carros de manutenção para ver se a população está sendo atendida, acompanhar passo a passo da operação”, disse o coronel.
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O diretor da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp), Thiago Mesquita Nunes, voltou a afirmar que a Enel não cumpriu o plano de contingência durante o apagão da última sexta, que afetou 3,1 milhões de endereços.
“Isso foi um problema sério no último evento. O plano de contigência não é uma novidade. Desde o evento de 3 de novembro do ano passado, nós exigimos que esse plano fosse apresentado. O problema é que ele não foi cumprido. No caso da Enel, eram 2.500 profissionais, equipes que deveriam estar mobilizadas. A informação que temos — porque foi repassada pela empresa já que não temos esse acesso direto — é que tinham apenas 1.700, 1.800 [profissionais].”
“Tivemos caso neste último evento de hospitais que não receberam o atendimento prioritário. Tiveram que socorrer com geradores, mobilização do governo de levar diesel para esses geradores, porque a concessionária não tinha informação de que aquele hospital precisaria ser atendido, de que estava interrompido [o serviço]”, declarou o diretor da Arsesp.
Enel afirma que restabeleceu a energia para todos os afetados pela tempestade de 6ª feira, mas moradores ainda estão sem luz em casa em vários pontos da região metropolitana
Imóveis sem energia após seis dias do apagão
A Enel anunciou nesta quinta que normalizou a distribuição de energia para quase todas as residências da Grande São Paulo que haviam ficado sem luz depois do temporal da semana passada.
Em coletiva de imprensa nesta manhã, o presidente da Enel Distribuição SP, Guilherme Lencastre, afirmou a região ainda tem cerca de 36 mil clientes sem energia – número muito próximo da operação normal da companhia, em dias sem eventos extremos.
“Neste momento estamos com 36 mil clientes sem energia, isso significa uma operação muito próxima da normalidade do nosso negócio. Nós temos 8,2 milhões de clientes. Numa operação normal oscila entre esse patamar, 36 mil, ou pouco mais. Continuamos nossa força de tarefa mobilizada, atuando em campo. É possível que tenham casos de clientes mais antigos, e esses são os prioritários que vamos estabelecer agora”, afirmou o executivo.
“O que a gente tem hoje são casos registrados a partir do dia 13, mas nenhum registrado nos dias 11 e 12 [imediatamente após o temporal]. Pode haver casos específicos [de gente sem luz desde sexta-feira] e nós vamos avaliar e, nas próximas horas, atacar com prioridade os clientes que estão mais tempo sem energia”, completou.
“Se tem uma reincidência, a gente vai avaliar e atacar também. E ela entra como no 1° dia de registro. E a gente volta a fazer o atendimento”, disse ainda.
Presidente da Enel – Guilherme Lencastre – em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (17), seis dias após o apagão..
ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

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