29 de janeiro de 2025

Governo Lula convoca reunião de emergência após EUA suspender verba para braço da ONU que apoia migrantes e refugiados no Brasil


Trump suspendeu verbas por 90 dias. Segundo informação obtida pelo blog, a OIM no Brasil deixará de receber cerca de US$ 5 milhões neste período. OIM atua em cinco estados da região Norte do País
Divulgação
O governo Lula convocou uma reunião de emergência na Casa Civil, às 15h desta segunda-feira (27), para mitigar os efeitos da suspensão do repasse de fundos dos Estados Unidos para a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) que apoia migrantes e refugiados no Brasil.
➡️Trump suspendeu a verba por 90 dias para a Organização Internacional para as Migrações (OIM), que atua globalmente. No Brasil, a entidade é parceira na Operação Acolhida que, desde 2018, ajuda na regularização da migração e fornecimento de assistência humanitária a migrantes venezuelanos que entram no país pelo estado de Roraima.
Sem a verba da ONU, o governo pretende transferir atribuições para pastas que já atuam na operação Acolhida, como Ministério da Justiça, da Defesa, da Saúde e do Desenvolvimento Social.
Segundo informação obtida pelo blog, a OIM no Brasil deixará de receber cerca de US$ 5 milhões. A informação foi formalmente repassada pela OIM ao governo brasileiro no último dia 26, domingo, às 19h36.
Com o corte de verbas, diversos serviços serão afetados, como:
Regularização Migratória e Assistência Humanitária;
Proteção e Saúde;
Interiorização e Movimentos Humanitários;
Combate ao Tráfico de Pessoas e Contrabando de Migrantes; e
Apoio Técnico e Assessoria na temática migratória e desenvolvimento de políticas e planos de integração.
“Atualmente, 60% dos recursos da OIM no Brasil são provenientes dos Estados Unidos. A suspensão parcial das atividades da OIM no Brasil representa um desafio significativo para o gerenciamento da crise humanitária envolvendo migrantes e refugiados. Nossa infraestrutura e operações ficam muito comprometidas com a redução de capacidades e recursos em centros de acolhimento e atendimento. Teremos impacto direto na manutenção, no custeio e no funcionamento de estruturas físicas e recursos humanos da OIM no Brasil”, destacou a agência.

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