5 de fevereiro de 2025

Governo reduz o emprego de processados e ultraprocessados na merenda das escolas públicas


Em 2025, prefeituras e estados poderão gastar no máximo 15% da verba para merenda com a compra de alimentos processados ou ultraprocessados. Em 2026, a participação desses itens será de, no máximo, 10% da alimentação servida nas escolas públicas. Governo reduz o emprego de processados e ultraprocessados na merenda escolar
O governo vai reduzir o emprego de alimentos processados e ultraprocessados na merenda das escolas públicas.
O Brasil tem 40 milhões de crianças e adolescentes na educação básica em 150 mil escolas públicas. Segundo a resolução, em 2025, prefeituras e estados poderão gastar no máximo 15% da verba para merenda com a compra de alimentos processados ou ultraprocessados. Antes, o percentual era de 20%. Em 2026, a participação desses itens será de, no máximo, 10% da alimentação servida nas escolas públicas.
A resolução também trouxe uma informação nova: a recomendação de que as escolas não comprem alimentos ultraprocessados.
A comida processada é fabricada a partir de comida in natura com adição de sal, açúcar ou alguma outra substância de uso culinário – como os legumes na salmoura, o extrato de tomate, a carne seca e os peixes enlatados. Já os ultraprocessados precisam de mais etapas e mais ingredientes – além de sal, açúcar e gorduras. São, por exemplo: achocolatado, biscoitos, barras de cereal, macarrão instantâneo, salgadinhos e refrigerantes.
Governo reduz o emprego de processados e ultraprocessados na merenda das escolas públicas
Jornal Nacional/ Reprodução
Em 2024, o governo repassou R$ 5,5 bilhões a estados e municípios para a merenda escolar. Pelo menos 30% do total tinham que ser direcionado para a compra de alimentos da agricultura familiar.
A mudança na merenda servida em cantinas vai ajudar a melhorar o cardápio e enfrentar uma situação preocupante: de acordo com o Ministério da Saúde, a cada sete crianças brasileiras, uma está com excesso de peso ou obesidade.
Lorran Abrantes é nutricionista responsável pelo cardápio nas escolas estaduais de Goiás:
“A maior parte do tempo, o menino está na escola. Então, é o lugar para ele formar hábitos saudáveis e para que eles funcionem como multiplicadores desse conhecimento, para que levem para casa, para o pai, para a mãe, para o coleguinha que não está aqui na escola”.
“É bom o lanche daqui, ajuda as crianças a terem mais saúde, tem vitaminas e outras coisas que ajudam a saúde”, diz a estudante Lavínia Botelho, 11 anos.
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