22 de fevereiro de 2025

Grupo golpista tinha no 8 de janeiro a última esperança para tentativa de golpe, aponta PGR


Os integrantes do grupo golpista ‘trocavam mensagens, apontando que ainda aguardavam uma boa notícia’. Grupo em atos golpistas em Brasília (DF) em 8 de janeiro de 2023
Marcelo Camargo/Agência Brasil
A denúncia da Procuradoria-geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e outras 33 pessoas, liga os denunciados com os ataques de 8 de janeiro de 2023, que terminou na depredação contra as sedes dos Três Poderes.
De acordo com o texto da PGR, o grupo tinha os protestos como a “última esperança” em manter Bolsonaro no poder.
Após o plano “Copa 2022” que, segundo o documento divulgado pela PGR, envolvia “neutralizar” o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e o presidente Lula não ter dado certo, a denúncia afirma que os integrantes do grupo ficaram frustrados por não terem conseguido cooptar o Comandante do Exército no último momento.
Desse modo, já com Lula eleito presidente, os integrantes não desistiram da tomada violenta do poder. “As campanhas pela intervenção militar prosseguiram com o alento e orientação da organização”, afirma a PGR.
Aguardando pela manifestação do 8 de janeiro, os integrantes do grupo golpista “trocavam mensagens, apontando que ainda aguardavam uma boa notícia”.
“A organização incentivou a mobilização do grupo de pessoas em frente ao Quartel General do Exército em Brasília, que pedia a intervenção militar na política. Os participantes daquela jornada desceram toda a avenida que liga o setor militar urbano ao Congresso Nacional, acompanhados e escoltados por policiais militares do Distrito Federal”, destaca a denúncia da PGR.

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