11 de janeiro de 2025

Guardas de Balneário Camboriú são condenados por torturar homem com deficiência e abandoná-lo desacordado


Crime aconteceu em 26 de janeiro. Vítima foi algemada, colocada no porta-malas da viatura e levada para uma área de matagal na região do bairro Várzea do Ranchinho. Guarda Municipal – Imagem ilustrativa
Reprodução
Dois guardas municipais de Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina, acusados de torturar um homem com deficiência e abandoná-lo desacordado às margens de uma rodovia foram condenados a dois anos e nove meses de prisão, em regime aberto. Eles também perderam seus cargos. Cabe recurso.
O crime aconteceu em 26 de janeiro, quando a vítima foi abordada em uma passarela. Ela foi algemada, colocada no porta-malas da viatura e levada para uma área de matagal na região do bairro Várzea do Ranchinho (relembre abaixo).
O caso está em sigilo e o nome dos guardas não foram divulgados.
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‘Severamente torturado’, diz polícia
No dia do crime, a vítima foi abordada pelos suspeitos perto da passarela Marginal Oeste, próximo da BR-101 em Balneário Camboriú. De acordo com o delegado Vicente Soares, o homem tem dificuldades em falar e estava de bicicleta, se abrigando da chuva que caia na cidade quando a viatura parou e o abordou.
A vítima foi colocada dentro da viatura, onde foi “severamente agredida”, segundo informou a Polícia Civil.
Depois do crime, foi abandonado às margens da BR-101, já em Itajaí, na cidade vizinha, onde foi socorrido por uma equipe de resgate da concessionária da rodovia federal.
Ainda de acordo com Vicente, o homem mora com a família na cidade e tinha o costume de andar de bicicleta na região. Após ser atendido às margens da rodovia, ele foi levado a uma unidade de saúde e recebeu alta no mesmo dia do crime.
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Em abril de 2024, os guardas foram alvo de três mandados de busca e apreensão. Além disso, foi expedida uma medida cautelar para que eles não se aproximem da vítima ou de testemunhas.
Na época, a Guarda Municipal da cidade afirmou que guardas investigados “foram afastados e um processo administrativo foi aberto na época”.
O g1 questionou a prefeitura sobre a decisão, mas não teve retorno até a última atualização da reportagem.
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