11 de outubro de 2024

Homem que confessou ter matado dois investidores do esquema de pirâmide financeira que comandava é condenado no RJ

Segundo as investigações, Alan Amorim Oliveira comandava uma pirâmide financeira. Ele confessou ter atirado em investidores do esquema, um estudante de medicina e um médico. Eles desconfiaram da consistência do investimento. Alan Amorim de Oliveira confessou que matou médico e estudante de medicina
Reprodução
Alan Amorim Oliveira foi condenado pela Justiça do Rio nesta quarta-feira (9) a 28 anos e seis meses de reclusão por ter executado dois homens. Cometido em maio de 2022, o duplo homicídio foi motivado, segundo as investigações, por desentendimentos em razão de esquema de pirâmide financeira comandado por Alan.
Alan foi denunciado pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) por meio da 1ª Promotoria de Justiça junto à 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, obteve,.a
Segundo a denúncia, as vítimas – o médico Jaeder Oliveira Reis e o estudante de medicina Carlos Henrique Martins Cipriano – atuavam como captadores de recursos para o esquema de pirâmide financeira, que era travestida de fundo de investimentos de Alan.
Após atraso dos repasses dos valores, Jaeder e Carlos desconfiaram da consistência do fundo e demonstraram vontade de deixar o investimento. Alan atraiu as vítimas até sua chácara em Tinguá, lugar ermo e sem testemunhas, onde surpreendeu as vítimas, sem qualquer chance de defesa, efetuando vários disparos de arma de fogo contra elas. Alan confessou o crime.
Alan está preso desde julho de 2022, após ter sido denunciado pelo MPRJ. “As vítimas vieram a óbito em decorrência da ação criminosa descrita na exordial acusatória, devido a ferimentos no crânio e tórax, produzidos ação pérfurocontundente (projéteis de arma de fogo), tudo de acordo com os laudos de exame de necropsia acostado aos autos”, diz a denúncia.
Segundo o Promotor de Justiça Bruno Bezerra, responsável pela sustentação oral, apenas a condenação do réu, de forma integral, seria suficiente para aplacar a dor das famílias enlutadas, que compareceram ao plenário. Bezerra ainda salientou aos jurados que o crime foi cometido em razão da ganância do réu, que matou as vítimas para ficar com os valores que elas investiram e captaram, que, em apenas um mês chegaram a R$ 500 mil.
Ao final do julgamento, que durou nove horas, ambos os homicídios foram considerados duplamente qualificados pelo motivo torpe e pela dificuldade de defesa das vítimas pelo Conselho de Sentença, que julgou procedente os pedidos do MPRJ , condenando Alan na forma requerida pelo Ministério Público.

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