19 de outubro de 2024

Homem que matou réu por racismo tem prisão revogada em Porto Alegre, diz delegado

Polícia pediu revogação da prisão de homem, que acertou vítima com golpes de canivete durante uma briga. Investigação apontou legítima defesa. Justiça autorizou soltura. Estudante de Novo Hamburgo, Aristides Braga exibe banana em live transmitida na internet
Reprodução
O homem preso preventivamente pela morte de Aristides Mathias Flach Braga, réu por racismo, durante uma briga em Porto Alegre obteve liberdade por decisão judicial a pedido da Polícia Civil, conforme informou nesta sexta-feira (18) o delegado Eric Dutra.
Segundo o delegado, o investigado agiu por legítima defesa, após ser atacado pela vítima e por um outro homem, que está internado em estado gravíssimo.
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De acordo com o delegado, a soltura deve acontecer na sexta-feira (18). Por se tratar de legítima defesa, o homem não será indiciado, explica a Polícia Civil.
O caso aconteceu na madrugada de segunda-feira (14), no bairro Cidade Baixa. Segundo a Polícia Civil, o homem foi atacado pela vítima, Aristides Braga, e um amigo, a golpes de porrete com pregos. A investigação revelou que o homem já havia sido ameaçado por ambos anteriormente.
Ao reagir à agressão, o homem acertou Aristides e o amigo com golpes de canivete. Aristides morreu no local e o amigo permanece em estado gravíssimo no Hospital de Pronto Socorro, em Porto Alegre.
Aristides Braga era réu por racismo e também suspeito de integrar um grupo neonazista. A Polícia segue investigando outros indícios sobre o grupo que surgiram com a morte.
Segundo o Tribunal de Justiça, uma audiência no processo que Aristides respondia seria realizada na próxima segunda-feira (21).
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Em 2022, Aristides se tornou réu por comparar pessoas negras a macacos. O homem também era suspeito de integrar um grupo neonazista e investigado por ameaças de teor racista contra o ator Douglas Silva, ex-participante do BBB (veja vídeo ao fim da reportagem).
Na ocasião, a defesa de Aristides afirmou que ele não havia praticado nenhum ato ilícito. Os advogados sustentavam que equipamentos pessoais e contas nas redes sociais do homem haviam sido hackeados.
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