2 de outubro de 2024

Homens são espancados em bar e denunciam homofobia

Agressores ainda não foram identificados; segundo casal, bar e Polícia Militar não prestaram ajuda. PM disse que vítimas e testemunhas estavam alcoolizadas, e Original Eskina Bae lamentou ocorrido. Casal é espancado em bar em Ceilândia, no DF, e denuncia homofobia
Arquivo pessoal
Um casal foi espancado na madrugada desta terça-feira (1), em um bar em Ceilândia, no Distrito Federal. As vítimas, Bruno Vieira de Miranda e Luís Carlos Fonseca, denunciam homofobia (veja detalhes abaixo). Os agressores não haviam sido identificados até a última atualização desta reportagem.
✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp.
“Foi isso, foi homofobia, não tem um outro caso, até porque eu não xinguei ele. Eu não cheguei perto dele, muito menos eu e meu namorado”, diz Bruno.
Bruno e Luís, de 24 anos, contam que estavam em uma confraternização, quando um deles se levantou para dançar. Nesse momento, oito homens passaram a provocar o casal e, minutos depois, começaram as agressões físicas (veja fotos cima). Eles afirmam que as agressões só pararam após os amigos intervirem.
Segundo o casal, o bar não prestou ajuda após o ataque. Além disso, afirmam que, apesar da Polícia Militar ter sido acionada, os militares não se importaram quando eles falaram que os agressores continuavam circulando livremente pelo bar.
Procurada pela TV Globo, a PM respondeu que, durante a ocorrência, as vítimas e testemunhas estavam sob efeito de álcool, e que indicaram apenas que os agressores fugiram em um carro cinza, não informando em qual direção.
O bar Original Eskina Bae lamentou o ocorrido e se dispôs a dar suporte jurídico, hospitalar e psicológico às vítimas (veja íntegra ao final da reportagem).
Casal denuncia homofobia
Casal é espancado em bar no DF e denuncia homofobia
Bruno conta que foi levado para o banheiro do bar e lá sofreu chutes e socos até desmaiar. Segundo Luiz, foram os amigos do casal que conseguiram parar as agressões. Eles também dizem que sofreram ameaças de morte e xingamentos (veja vídeo acima).
“Foi uma cena horrível. Eles nos empurraram para dentro do banheiro, pisaram na nossa cabeça, deram murro. Eu saí de lá desmaiado, até mata-leão eu levei. Foi uma coisa que eu não sei explicar”, relata Bruno.
Bruno teve vários ferimentos no rosto. Já o namorado dele, Luís, cortou o pé e machucou a perna. Testemunhas que estavam no bar chamaram a PM.
“Eu pedi ajuda deles [policiais] e eles me falaram que os agressores tinham se evacuado do local correndo. Porém, os agressores e os amigos deles continuavam entrando e saindo do local, mesmo assim a polícia não acreditou”, afirma Luís.
Após o espancamento, o Corpo de Bombeiros foi chamado e levou o casal para o Hospital Regional de Ceilândia. Eles foram ao Departamento de Polícia Especializada para registrar a ocorrência e também para fazer o exame de corpo de delito.
O que diz o bar
“Como mencionado pela própria vítima, o Eskina Bae é um ambiente tranquilo e de amizades, não toleramos nenhum tipo de discriminação com nossos clientes. o ocorrido com bruno foi um caso totalmente fora da realidade do bar que costuma receber diversos públicos, inclusive LGBTQIA+.
Foi solicitado pelo bar a polícia militar e ambulância do Samu para maior celeridade no atendimento hospitalar. É importante destacar que a pessoa identificada como “Jonathan” pela vítima não faz parte da nossa equipe de trabalhadores, nos prontificamos a colaborar com toda investigação policial para que os agressores sejam punidos.
O Original Eskina Bae como todos quer justiça diante dos fatos e faremos de tudo para que os agressores sejam punidos criminalmente por seus atos. não vamos tolerar nenhum tipo de homofobia e sempre abraçaremos a causa o Original Eskina Bae lamenta o ocorrido e em compromisso com nossos clientes entramos em contato com a vítima e nos colocamos à disposição para suporte jurídico, hospitalar e psicológico.
O Original Eskina Bae lamenta o ocorrido e em compromisso com nossos clientes e com a vitima se coloca a disposição para maiores esclarecimentos.”
LEIA TAMBÉM:
Denúncia de estupro ao 190 ‘disfarçada de pedido de pizza’? Entenda como PMDF identifica chamados de socorro
Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.

Mais Notícias