Documento foi divulgado pela Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs). Avaliação é do serviço prestado após temporal que atingiu o estado em janeiro de 2024. Temporal causou estragos em Gravataí
Max Correa/RBS TV
A Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs) divulgou na quarta-feira (3) um documento que aponta falhas na prestação dos serviços prestados pela Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) após o temporal que atingiu o estado em janeiro deste ano e deixou 1,1 milhão sem luz. Houve casos em que a população chegou a ficar 12 dias sem energia elétrica.
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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é a responsável pela fiscalização e, se a situação não mudar, a concessionária de energia pode ser multada.
O g1 entrou em contato com a assessoria de comunicação da CEEE e aguarda retorno da empresa.
De acordo com o documento da Agergs, a CEEE Equatorial não teria acompanhado de forma apropriada o caso. Além disso, teria tomado decisões se baseando em previsões que indicavam que a Região Sul do RS seria a mais atingida, sendo que a Região Metropolitana de Porto Alegre foi a mais prejudicada.
Sobre os trabalhadores contratados para atuar no caso, o documento indica que, nos 12 dias em que parte da população ficou sem luz em alguns pontos do estado, a empresa não teria mantido número constante de equipes nas ruas atendendo às ocorrências de falta de energia elétrica.
Outro ponto destacado pela Agergs é que há cada vez mais registros de demora superior a 24 horas para restabelecimento de luz.
Por fim, indica que os profissionais alocados pela concessionária para atuar no caso não tinham a habilitação necessária para lidar com redes energizadas e que a empresa não teria agido em conformidade com o contrato de concessão.
RGE também teve falhas
Já sobre a atuação da RGE, outra concessionária de energia elétrica para municípios no RS, o documento mostra que foram necessários 11 dias para o restabelecimento da energia em toda a sua área de concessão, que a empresa não usou o número necessário de equipes e de veículos.