28 de dezembro de 2024

Hyara Flor: Polícia Civil da Bahia analisa laudos de perícias complementares do DPT

Adolescente foi morta aos 14 anos com tiro no pescoço. Considerado suspeito no início das investigações, marido da vítima teve medida cautelar de internação em unidade socioeducativa solicitada à Justiça. Hyara Flor
Reprodução
A Polícia Civil da Bahia analisa laudos referentes a perícias complementares realizadas pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT), sobre o inquérito policial que apurou a morte de Hyara Flor Santos Alves, de 14 anos. A adolescente não resistiu após ser baleada no pescoço em julho do ano passado.
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No mesmo mês, o marido de Hyara Flor, outro adolescente de 14 anos, chegou a ser apreendido pela suspeita de ter atirado contra ela.
O adolescente foi encontrado na casa de familiares no Espírito Santo. Ele foi liberado em agosto, depois que a polícia da Bahia concluiu o inquérito do caso, afirmando que o disparo à queima roupa foi efetuado de forma acidental pelo cunhado de Hyara Flor, uma criança de 9 anos.
Essa versão havia sido apontada pelos familiares do marido de Hyara. No entanto, a família da adolescente contesta e sustenta que o crime foi cometido por vingança, já que um tio de Hyara Flor teria um relacionamento extraconjugal com a sogra da garota.
Medida cautelar de internação
Hyara Flor no dia do casamento
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Também neste sábado, a Polícia Civil informou que o marido de Hyara Flor teve uma medida cautelar de internação em uma unidade socioeducativa solicitada à Justiça. Os investigadores consideraram que a medida é necessária para a conclusão desta nova apuração e boa para sua integridade física.
O g1 entrou em contato com o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) para saber se a medida cautelar para o adolescente foi aceita, mas não conseguiu resposta até a última atualização desta reportagem.
A polícia acrescentou que mais detalhes não serão divulgados, para não prejudicar o andamento desta nova apuração do procedimento policial.
Em novembro do ano passado, o Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) instaurou um procedimento para acompanhar as investigações da Polícia Civil, relacionadas à morte de Hyara Flor.
Confira pontos da investigação revelados pela polícia
O resultado do inquérito foi baseado em relatos de testemunhas e elementos periciais:
A arma foi comprada pela mãe do adolescente em Vitória da Conquista após uma tentativa de sequestro que o filho sofreu em Guaratinga;
O adolescente tem entre 1,80m e 1,85m de altura, apesar de ter apenas 14 anos. Pela posição do tiro, foi descartado que ele fosse o autor do tiro;
O disparo foi de uma distância entre 20 e 25 cm. Ou seja, de perto;
Foi descartada a possibilidade de o crime ter sido premeditado por causa da fuga. A família do adolescente parou em um posto de combustível, a caminho do Espírito Santo, e completou o tanque;
Sobre a violência doméstica: o laudo da necropsia não indicou sinais de violência doméstica internos e externos;
Testemunhas ouvidas pela polícia disseram, de forma unânime, que o casal tinha uma relação harmônica;
A versão da vingança por causa da traição não se sustentou com provas;
Relembre o caso
Hyara Flor, de 14 anos, foi morta após ser baleada no queixo, dentro da casa em que ela vivia com o marido. O crime aconteceu no dia 6 de julho de 2023 e a adolescente foi socorrida para Hospital Municipal de Guaratinga.
Dentro da casa, foi encontrada uma pistola calibre 380, com dois carregadores e munições. Os objetos foram apreendidos e encaminhados à perícia. A necropsia do corpo provou que o tiro fez com que a garota asfixiasse no próprio sangue, até a morte.
O crime aconteceu apenas 45 dias após o casamento dela com o outro adolescente de 14 anos, que também faz parte da comunidade cigana.
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