O ato chamou encerrou a programação alusiva ao mês do orgulho LGBTQIAPN+ no Pará. I Marcha Trans e Travesti do Estado do Pará é realizada em Belém
Divulgação/Seirdh
Em 2022, o Pará ocupava o 4º lugar no ranking dos estados onde mais se mata pessoas trans. O desrespeito e a violação de direitos humanos para esta população ainda são fortes na região. Foi justamente para falar sobre esses direitos e de políticas públicas que ocorreu a I Marcha Trans e Travesti do Estado do Pará, no último domingo (30).
O ato consistiu em uma passeata que saiu da Avenida Visconde de Souza Franco em direção ao Complexo Ver-o-rio, onde uma programação cultural foi realizada. A marcha encerrou o mês dedicado ao Orgulho LGBTQIAPN+.
“A nossa população hoje, no Brasil, infelizmente, é a mais assassinada. Então, esse momento vem para trazer essa visibilidade positiva e, também, de reivindicar políticas públicas que resguardem as nossas vidas, cidadania e acesso, de fato, aos nossos direitos”, pontuou Raffael Carmo, homem trans, que participou da caminhada.
No ano passado, uma audiência pública com membros do movimento LGBTQIAPN+ no Pará expôs várias violações de direitos humanos cometidas contra esta população na saúde, na educação e até no cárcere.
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“Obviamente a gente avançou em direitos, mas a gente ainda não conquistou eles da forma que deveria. Ainda não estamos ocupando efetivamente o mercado de trabalho e ainda não estamos incluídas efetivamente no cenário político”, destacou Leonora Bittencourt, da comissão organizadora do evento.
Homens trans, mulheres trans e travestis participaram do ato para pedir respeito e direitos.
Divulgação/Seirdh
Segundo a diretora de Direitos Humanos da Secretaria de Estado de Igualdade Racial e Direitos Humanos (Seirdh), Verena Arruda, o órgão tem desenvolvido um trabalho prioritário de apoio a pessoas trans e travestis.
“A gente tem começado um trabalho forte dentro da pauta da educação, da melhoria da condição de ensino, de ações de formação, capacitação, na linha da empregabilidade e também no financiamento de empreendedores LGBT”, disse.
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