Ao todo, 12 drones e oito pilotos vão mapear as cidades atingidas pelas enchentes no Vale do Taquari e, depois, repetir o trabalho em todas as cidades que decretaram calamidade pública. Drones do Ibama estão mapeando cidades do Rio Grande do Sul atingidas pelas enchentes
O Ibama começou nesta sexta-feira (31) a mapear com drones cidades atingidas pelas enchentes no Rio Grande do Sul. As imagens vão ser usadas para ajudar a orientar a reconstrução
O equipamento lembra um avião. Foi importado da Alemanha e chegou em abril ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente.
“Esse equipamento faz decolagem vertical. Não precisa de uma pista de decolagem. Então, ele pode decolar de uma área bastante pequena e, depois então, ele voa como um avião e pode cobrir uma área bastante extensa”, diz o analista ambiental do Ibama Kuriakin Humberto Toscan.
Ao todo, 12 drones e oito pilotos vão mapear as cidades atingidas pelas enchentes no Vale do Taquari e, depois, repetir o trabalho em todas as cidades que decretaram calamidade pública, no Rio Grande do Sul. Hoje, segundo a Defesa Civil, são 95 em todo o estado.
O “Jornal Nacional” conseguiu com exclusividade algumas das imagens captadas hoje.
“Vai pegar essas milhares de imagens e vai gerar uma imagem só com um nível de precisão muito grande e é esse produto que a gente depois vai entregar para a Defesa Civil, que vai ser utilizado então pra eles poderem fazer o planejamento de reconstrução, para poder detalhar todo o trabalho que eles precisam executar”, afirma Toscan.
O voo dura cerca de uma hora e meia. A rota é definida e programada na base. Hoje, os drones foram lançados em Roca Sales. O trabalho é em parceria com a Defesa Civil e o Escritório de Desenvolvimento de Projetos (EPD) do Rio Grande do Sul.
Assim que o mapeamento estiver pronto, a Defesa Civil vai fazer um comparativo das fotos aéreas de agora com imagens de satélite de antes das enchentes — isso é pra ver a quantidade de casas que foram destruídas pelas águas e pros municípios pedirem recursos para a reconstrução.
“Objetivo é identificar o público classificado nessa faixa de renda que teve ou tiveram suas casas destruídas pra que possamos reconstruí-las, em parceria com os municípios, em uma ação articulada com a Defesa Civil nacional, Defesa Civil do estado, que é o escritório de reconstrução”, fala o diretor geral do EPD-RS, Hipárcio Stoffel.
O mapeamento também vai ajudar na escolha de áreas para reconstrução de alguns bairros.
“Vai nos dar condições de avaliar o tamanho do dano nas estruturas públicas, nas vias públicas, nas unidades operacionais e, posteriormente, a gente vai fazer um trabalho junto com as universidades para elaborar a dimensão financeira que serão os planos de trabalho que nós vamos apresentar pro Ministério de Integração e Desenvolvimento Regional”, diz o tenente-coronel da Defesa Civil do RS, Rafael Luft.
Ibama usa drones para mapear cidades atingidas pelas enchentes no RS
TV Globo
E, claro, ajudar o Ibama a trabalhar na restauração de áreas ambientais.
“A intenção do Ibama é justamente atuar nessa contribuição na restauração dessas áreas de preservação ambiental, desses campos nativos que são fundamentais pra que a gente possa fazer uma restauração ecológica”, afirma a superintendente do Ibama-RS, Diana Satori.