O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (ldeb) 2023 foi divulgado nesta quarta-feira (14). Apesar de alguns estados terem se destacado nas três etapas avaliadas, o Brasil só superou a meta nos anos iniciais do ensino fundamental. Escola de ensino fundamental em Sobral, no Ceará.
Divulgação
O Ceará teve avanços no ensino fundamental, mas o desempenho no ensino médio novamente ficou abaixo da meta, conforme dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (ldeb) divulgados nesta quarta-feira (14).
➡️ Entenda:
O Ceará alcançou 6,6 pontos nos anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º) e 5,5 pontos nos anos finais (6º ao 9º). Com isso, nos anos iniciais o estado avançou e teve 1,2 pontos a mais do que a meta estabelecida no primeiro ciclo ldeb (5,4).
O Ceará, no entanto, não bateu a meta referente ao ensino médio, onde registrou 4,3 pontos (a meta era 5,2). Apesar de alguns estados terem se destacado nas três etapas avaliadas, o Brasil só superou a meta nos anos iniciais do ensino fundamental.
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Para o Ministro de Estado da Educação, Camilo Santana, o resultado do Ideb reforça a importância de o MEC seguir atuando junto aos estados e aos municípios para a superação das desigualdades educacionais.
“Estamos cientes do tamanho do nosso desafio para garantir uma educação pública de qualidade para todos. Por isso, estamos investindo em programas transformadores como o Pé-de-Meia e o Escola em Tempo Integral”, defendeu.
Rede pública estadual obteve 4,6, superando a média nacional (4,1) no Ensino Médio tradicional e Médio integrado à Educação Profissional
Divulgação/Governo do Ceará
O Ceará conquistou o melhor resultado do Brasil nos anos iniciais (1º ao 5º ano) e nos anos finais (6º ao 9º ano), considerando apenas a rede pública de ensino. Além disso, a rede estadual registra o terceiro melhor índice do Brasil na avaliação de Ensino Médio tradicional e Médio integrado à Educação Profissional.
“Temos muito orgulho desses resultados do estado do Ceará. Sempre avançando, sempre melhorando, com a parceria do presidente Lula e do ministro Camilo Santana. Agradeço à secretária Eliana Estrela, todos os gestores escolares, professores, pais e alunos pelo empenho. Isso é um orgulho para nosso povo termos a qualidade do ensino que temos em nosso Ceará”, avaliou o governador Elmano de Freitas.
O Indicador foi criado em 2007 e é divulgado a cada dois anos. Ele avalia o desempenho dos alunos principalmente em matemática, língua portuguesa, além do número de aprovados e reprovados.
Eliana Estrela, secretária da Educação do Ceará, avalia que o Ceará tem avançado com as escolas de tempo integral:
“Avaliamos a importância, não só da criança e do jovem estarem mais tempo na escola, mas seus projetos de vida que são desenvolvidos lá dentro nessa interação com professores, servidores e colegas”.
Eliana Estrela, secretária da Educação do Ceará, avalia resultado do Ideb 2023.
Entenda como o índice é calculado
Analisando as duas etapas do Ensino Fundamental, o Ceará tem o melhor resultado da Região Nordeste no Ideb.
Divulgação/Governo do Ceará
O Ideb é composto por dados referentes à aprovação dos estudantes (fluxo escolar) e às médias de desempenho nas avaliações. É calculado a partir do Censo Escolar e do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Varia de 0 a 10, de modo que quanto melhor o desempenho dos alunos e mais alto o número de aprovados, maior é o Ideb.
Os resultados do Ideb foram impactados pela pandemia de coronavírus, uma vez que sua metodologia compreende medidas do aprendizado e da trajetória regular dos alunos entre as etapas de ensino. O cálculo do indicador de 2021 seguiu a mesma metodologia proposta em 2007 , utilizada de forma inalterada ao longo dos anos, com o objetivo de manter a comparabilidade do indicador.
“A ideia é que o Ideb continue sendo o indicador que nos guia na apreciação do desenvolvimento da educação, mas talvez alguns ajustes sejam necessários, sempre com a preocupação de que não se perca a possibilidade de comparação ao longo do tempo. Estamos encerrando o ciclo do compromisso pelo desenvolvimento da educação, de 2007 , quando se p rojetaram metas de desenvolvimento da educação até 2021 . Como o PNE [Plano Nacional de Educação] tem vigência até 2024, podemos considerar que essas metas continuaram até aqui ”, explicou o presidente do Inep, Manuel Palacios.
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