Índice considera o desempenho dos alunos principalmente em matemática e língua portuguesa, além de avaliar o número de aprovações e reprovações. Inep divulgou os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Brasileira (Ideb) nesta quarta-feira (14)
MP-MT
👍O ensino básico em Mato Grosso alcançou a taxa de 6,0 nos anos iniciais do ensino fundamental (1° ao 5° ano) em 2023, ficando acima da meta estabelecida em 2021, que era de 5,9, conforme o Índice de Desenvolvimento da Educação Brasileira (Ideb) divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), nesta quarta-feira (14). Já nos anos finais (do 6º ao 9º ano) a nota foi de 4,9.
👎O ensino médio atingiu a taxa de 4,2, ficando abaixo do esperado, que era de 4,4. Se comparado com o Ideb de 2021, quando a nota foi de 3,6, o estado melhorou, saindo do 19º lugar para a 8ª posição no Brasil.
📈CONTEXTO: quando o MEC definiu as metas no Ideb, considerou apenas o período de 2007 a 2021. Como ainda não foi divulgado um novo patamar a ser atingido, o g1 comparou os índices atuais à escala que estava vigente há dois anos.
O índice considera o desempenho dos alunos principalmente em matemática e língua portuguesa, além de avaliar o fluxo escolar (número de aprovações e reprovações) de cada colégio, município e estado brasileiro.
Desempenho da capital
O cenário na capital mato-grossense foi ao contrário do resultado do estado, deixando a desejar no ensino fundamental, mas ultrapassando a meta do ensino médio. Confira abaixo:
👎No ensino fundamental dos anos iniciais, em Cuiabá, a nota atingida pelos alunos foi de 5,7, abaixo da meta estabelecida (5,8). Os estudantes do 6° ao 9° ano atingiram 4,6, também ficando abaixo do esperado (4,9).
👍Já os alunos do ensino médio na capital ultrapassaram a meta prevista para o estado (3,4) e atingiram a taxa de 4,1.
A educação no Brasil
👍Nos anos iniciais do ensino fundamental, o Ideb nacional foi de 6 – um aumento em relação a 5,8 (em 2021) e 5,9 (em 2019). A meta para esta etapa do ensino, em 2021, era justamente 6.
👎Nos anos finais do ensino fundamental, o número foi de 5, ante 5,1 no levantamento de 2021 e 4,9 em 2019. A meta para esta etapa do ensino, em 2021, era 5,5.
👎E no ensino médio, o Ideb ficou em 4,3 – aumento de 0,1 quando comparado a 2021 e 2019 (4,2). A meta para esta etapa do ensino, em 2021, era 5,2.
O que a pontuação significa na prática?
Vejamos o exemplo do 5º ano:
Em matemática e em língua portuguesa, os alunos continuam no nível 4 de domínio do conteúdo (em uma escala de 1 a 10, em que 10 é o de conhecimentos mais altos).
Isso significa que eles:
sabem multiplicar números naturais, determinar a divisão exata por números de um algarismo (como 100/2), reconhecer tabelas;
não conseguem, por exemplo, calcular a área de uma figura geométrica, converter cédulas de dinheiro em valores equivalentes de moedas ou resolver problemas matemáticos que envolvam a noção de metade ou de triplo;
são capazes de identificar informações em receitas culinárias, mas não de entender o assunto de uma reportagem ou de uma tirinha.
No 9º ano, o Brasil ocupa o nível 3 nas duas disciplinas. Ou seja, os alunos:
sabem somar, subtrair, multiplicar e dividir números em problemas e interpretam gráficos;
não reconhecem coordenadas no plano cartesiano (eixos x e y), não convertem unidades de medida (como de metro para centímetro) e não fazem somas com quantias de dinheiro;
localizam informações explícitas em crônicas e interpretam o sentido de advérbios e conjunções em textos;
não conseguem identificar os elementos de uma fábula ou o sentido da linguagem de uma tirinha.
E na 3ª série do ensino médio, os alunos estão no nível 2 em matemática e no 3 em língua portuguesa. Veja exemplos:
reconhecem os zeros de uma função e associam gráficos a porcentagens;
não determinam os elementos seguintes de uma sequência lógica de números (como em 2, 6, 10, 14…) e não sabem calcular o reajuste de um valor após aplicar determinada porcentagem de aumento;
reconhecem variantes linguísticas em artigos e localizam informações de artigos de opinião;
não identificam argumentos de contos, não entendem o principal sentido de uma notícia e não reconhecem humor ou ironia em crônicas.
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