23 de setembro de 2024

Ideflor-Bio e coletores de castanha discutem desenvolvimento sustentável na Flota Paru

O diálogo com as comunidades locais e empresas concessionárias visa contribuir para o êxito da coleta e comercialização da castanha-do-pará. Coletores de castanha-do-pará chegando na Flota Paru para coleta da safra 2024
Ideflor-Bio / Divulgação
Com a presença de aproximadamente 40 extrativistas, reunião promovida pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio) nesta semana, no Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Serra Azul, em Monte Alegre, oeste do Pará, discutiu cadeia, produção e mercado da castanha-do-pará na Floresta Estadual Paru, conhecida como Flota Paru.
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A equipe técnica da Diretoria de Gestão das Florestas Públicas de Produção (DGFLOP) abordou com detalhes as condutas adequadas durante a coleta dos ouriços, levando em consideração a importância da área. Os extrativistas aprenderam sobre o correto manejo dos ouriços de castanha.
De acordo com a gerente de Gestão de Contratos do Ideflor-Bio, Cíntia Soares, a presença do Estado nas Unidades de Conservação (UCs) é fundamental, principalmente naquelas onde há extrativismo. “Temos o desafio de mostrar para a sociedade que é possível conciliar o manejo florestal da madeira, que já é feito por nossos concessionários, e o manejo de produtos não madeireiros, como a coleta de sementes e frutos, através das comunidades tradicionais”, informou.
Além das orientações práticas, os participantes assistiram uma palestra abrangente sobre a cadeia de produção da castanha-do-pará. Os coletores compartilharam experiências com a equipe da Diretoria de Gestão das Florestas Públicas de Produção e tiveram acesso a conhecimentos essenciais para valorizar ainda mais o produto.
Extrativistas aprendem o manejo correto dos ouriços de castanha-do-pará
Samuel Alvarenga / Secom
“Palestras como essa nos ajudam a ver o potencial em valores reais desse recurso que está aí, de graça, à nossa disposição, mas que às vezes passa despercebido. Por isso, agradeço muito ao Ideflor-Bio por nos permitir acompanhar uma programação desse nível”, comentou Ester Martins, que há três anos atua na coleta de castanha-do-pará na Flota Paru.
A titular da Diretoria de Gestão das Florestas Públicas de Produção, Ana Claudia Simoneti, disse que a iniciativa do Ideflor-Bio é uma demonstração do compromisso contínuo do Governo do Pará com a preservação ambiental e o apoio ativo aos extrativistas locais, visando impulsionar o desenvolvimento sustentável da região da Flota do Paru e promover práticas de manejo responsável e valorização dos recursos naturais.
Flota Paru
A Floresta Estadual do Paru (Flota Paru) foi criada pelo governo Estadual do Pará, e atualmente é administrada pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio). É uma Unidade de Conservação Ambiental (UC) instituída pelo Decreto Estadual nº 2.608 de 04/12/2006.
Floresta Estadual do Paru (Flota Paru)
Ideflor-Bio / Divulgação
A Flota Paru está localizada no oeste do Estado do Pará, na Calha Norte do rio Amazonas, região que abriga o maior bloco de Unidades de Conservação e Terras Indígenas do mundo e ocupa uma área de 36.129,14 Km² (3.612,914 hectares), compreendendo os municípios de Almeirim, Monte Alegre, Alenquer e Óbidos, onde abriga rica diversidade de fauna e flora além de uma paisagem exuberante do bioma Amazônia. Cerca de 96% de sua área é coberta por florestas bem conservadas.
O objetivo da Flota do Paru é garantir a conservação da biodiversidade, ecossistemas e ambientes naturais únicos existentes na área, aliada ao uso sustentável de seus recursos naturais, a fim de gerar renda e melhorar a qualidade de vida para a população local. Assim como, ser modelo de desenvolvimento socioeconômico e ambiental para a região da Calha Norte, aliando a conservação e uso sustentável dos recursos naturais de modo a garantir a autossutentabilidade financeira da Floresta Estadual do Paru e de sua população local.
*Com informações do Ideflor-Bio
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