Alcira Gonçalves de Souza morreu na quarta-feira (11) após se envolver em um acidente em um cruzamento na zona oeste de Sorocaba (SP). Idosa que morreu em acidente no Largo do Divino deixa filha e neto
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“Era única. Fez o papel de pai, mãe, avó e avô.”
É assim que Nataly Fernanda de Souza, de 29 anos, define a mãe, Alcira Gonçalves de Souza, que morreu em um acidente, no dia 11 de setembro, em um cruzamento na Avenida Doutor Luiz Mendes de Almeida, zona oeste de Sorocaba (SP).
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As causas do acidente ainda são investigadas. A batida, no entanto, foi registrada por câmeras de segurança. Nas imagens, é possível ver que os carros se chocaram ao passarem por um cruzamento, em frente ao Largo do Divino (veja abaixo).
Nataly explica que tem dois empregos e não tem tempo para se alimentar entre um serviço e outro. No dia do acidente, por volta das 20h, Alcira havia passado em um dos trabalhos da filha para entregar um lanche. Na volta, disse que passaria em uma loja que fica uma rua acima de onde moram, mas que iria de carro por estar muito cansada.
“Ela ainda estava com o uniforme do trabalho e tinha deixado tudo preparado em casa para que, quando voltasse, preparasse o jantar”, relembra.
O acidente aconteceu às 20h40, enquanto Alcira passava pelo cruzamento. O Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionados, porém, ela não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
Mulher morre após sofrer acidente em avenida na zona oeste de Sorocaba
Por volta das 22h, Nataly chegou em casa e notou a ausência da mãe e, ao olhar as redes sociais, viu o vídeo do acidente. “Como o acidente foi na rua de cima de casa, corri imediatamente pra lá, mas minha vontade era chegar e ver outra pessoa e ter apenas confundido o carro, mas infelizmente não foi”, lamenta.
Alcira foi sepultada no dia 13 de setembro, no Cemitério Santo Antônio, em Sorocaba.
‘Sinônimo de força’
Alcira morava com a filha, Nataly, e o neto, Miguel
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Embora a partida tenha sido precoce, a filha garante que Alcira deixou o legado de cuidar da família, formada por ela, a filha e o neto, o pequeno Miguel de 10 anos, que via a avó como uma referência e uma segunda mãe.
“Super protetora, amorosa, paciente, fiel à Deus, alegre e que, mesmo com muitas dificuldades, sempre nos incentivou, nos ajudou com um sorriso no rosto e palavras de carinho e conforto, nos trazendo muita segurança e vontade de seguir em frente e acreditar nos nossos sonhos”, declara.
Segundo Nataly, Alcira era conhecida por ser uma pessoa amável e querida por muitos moradores da região. Em casa, morava com Nataly e o neto, onde era o alicerce e o apoio da família.
Alcira era como uma segunda mãe para o neto, Miguel, de dez anos
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Por ser o alicerce em casa, Nataly conta que a mãe sempre resolveu tudo sozinha e era sinônimo de força. “[Fazia] os serviços domésticos, como trabalhar fora, trocar um pneu de um carro ou um encanamento, e ainda sim se eu e meu filho estivéssemos felizes ela estaria feliz”, diz.
Pouco mais de uma semana após a partida, Nataly conta que o filho relembra todos os dias dos momentos que viveu com a avó, mas, para ela, o tempo não foi o suficiente. Lidar com a dor do luto fica ainda mais intensa ao ver o sofrimento do filho.
“Se eu pudesse falar minhas últimas palavras, eu gostaria que ela soubesse o quanto eu sou grata por ter sido filha dela, que o amor, o carinho e a proteção que ela me dedicou ficaram marcados pra sempre em mim, e que se eu puder ser metade da mulher guerreira que ela foi, serei realizada. Que ela possa seguir seu caminho feliz e em paz e que nós que ficamos choramos de saudade, mas que entendemos que ela está num lugar melhor, cheio de amor e perto dos meus avós que ela tanto tinha saudade”, finaliza.
Alcira com o neto, a filha e os pais, já falecidos
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