Cadáver foi enterrado no lugar de um homem em vulnerabilidade social, depois que eles morreram no Hospital Regional de Barbacena, no Campo das Vertentes. Funerária Zelo, em Barbacena, buscou um dos corpos no Hospital Regional
Thaís Fullin/TV Integração
Ao invés de receber a despedida planejada pela família, o idoso de 79 anos falecido no Hospital Regional de Barbacena na quarta-feira (5) acabou, na verdade, sepultado por uma única pessoa.
A suspeita é que o corpo dele tenha sido enterrado no lugar de um homem em vulnerabilidade social, que também faleceu na unidade de saúde no mesmo dia. A troca foi percebida na chegada do caixão do idoso na Capela Mortuária da Igreja Boa Morte. Após velório na cidade, o cadáver seria levado para Belo Horizonte, onde seria cremado.
Até a noite desta sexta-feira (7), a família aguardava decisão judicial que pede a exumação do corpo. O g1 não conseguiu confirmar se o outro homem chegou a ser sepultado. Até o fim da manhã, os restos mortais dele permaneciam na funerária.
A Polícia Civil disse que apura as circunstâncias que teriam levado à troca dos corpos e que, “em um primeiro momento, ainda não há que se falar em crime, por não haver nenhuma indicação de dolo na conduta”.
Já a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), responsável pelo do Complexo Hospitalar, disse que instaurou sindicância interna para apurar os fatos: “Todas as medidas cabíveis serão adotadas para responsabilizar os envolvidos, caso sejam constatadas irregularidades no processo de trabalho”.
Familiares chegaram a achar que idoso estivesse vivo
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Thaís Fullin/TV Integração
Conforme informações que constam no Registro de Eventos de Defesa Social (Reds) da PM, depois de perceber a troca do corpo, a filha do idoso acionou o serviço funerário e também retornou ao hospital, acreditando que o pai ainda pudesse estar vivo.
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Após contatos com outras funerárias, soube que uma pessoa, em vulnerabilidade social, havia sido enterrada, por volta de 17h, no Cemitério Parque Repousos da Saudade. Ao ser apresentada a fotografia do homem que tinha sido sepultado mais cedo, ela percebeu que, na verdade, era o pai dela.
Segundo a funerária, o sepultamento foi acompanhando por apenas uma pessoa, responsável pela casa de passagem onde o falecido residia. Ela teria chegado a abrir o caixão e chorado por alguns minutos.
Posicionamento das funerárias
A Funerária Zelo informou que o corpo removido do hospital estava identificado com o nome correto. A empresa disse que seguiu adequadamente o processo de preparação para a realização do velório e que agora aguarda as determinações legais para seguir com o processo.
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A reportagem não conseguiu contato com a Funerária Boa Morte, que fez o translado do outro paciente morto.
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