Em ritmo de carnaval, 120 imortais do samba tomaram posse na celebração. Imortais do samba
Personalidades históricas do carnaval se reuniram, na noite dessa terça-feira (01), para a inauguração da Academia Brasileira de Artes Carnavalescas (ABAC), na Rua do Ouvidor, no Centro do Rio.
Grandes nomes das história do carnaval marcaram presença no evento. Como acontece na Academia Brasileira de Letras, os homenageados terão assentos vitalícios.
“A gente já convidou 120 notórios saber, eles estão na parede, eles estão aqui. E aí a gente vai chegar a duzentos. Todos os carnavais do brasil, blocos, coretos, bailes, escolas de samba vai estar tudo junto. É o saber carnavalesco de todo o brasil”, disse Milton Cunha, presidente do ABAC.
A carnavalesca Maria Augusta, destacou a importância da diversidade de saberes na instituição.
“A origem das escolas é das comunidades originárias negras. Então uma academia que reconhece isso, que traz, eu estou vendo vários compositores das escolas , vários carnavalescos que não tem academia, que não tem a formação oficial, é vital isso, o respeito ao saber popular, é isso que eu acho fundamental”, disse Maria.
Em meio às homenagens, o legado da carnavalesca Rosa Magalhães, que morreu aos 77 anos em julho, foi celebrado. Ela é uma das imortais do samba reverenciada pela instituição.
Outras personalidades homenageadas pela Academia Brasileira de Artes Carnavalescas são a cantora Teresa Cristina, o mestre de bateria da Viradouro, Mestre Ciça e o coreógrafo Carlinhos de Jesus.
“A academia fortalece a memória, traz pra hoje o ontem que fortalece o hoje e que vai garantir o amanhã. A academia é fincar o pé e dizer aqui a gente vai permanecer, aqui a gente vai mostrar pros outros e perpetuar essa grande tradição brasileira, carioquíssima que a alegria do carnaval”, contou Carlinhos.
Além de funcionar como um centro de memória, a nova academia também vai oferecer cursos, oficinas e palestras. A ideia é que o espaço seja um importante local de formação e de aperfeiçoamento profissional.