Umidificar o ar, usar soro fisiológico para lavar o nariz e beber muita água estão entre as dicas. Algumas pessoas precisam ir ao pronto-socorro fazer inalação. Crianças sofrem com ar seco, fumaça e poluição
TV Globo/Divulgação
O estado de São Paulo acumula mais de 2.300 focos de incêndio em dois dias, e o pneumologista André Nathan, do Hospital Sírio Libanês, falou ao Jornal Nacional sobre como lidar com a combinação de fumaça, ar seco e poluição.
“Quem sofre são as crianças, que têm o sistema respiratório mais fininho e mais sensível, então podem ter crise de falta de ar. Mesmo a criança que não tem asma nem bronquite pode ir para o pronto-socorro e precisar de inalação só por conta da fumaça e poluição”, afirma o pneumologista André Nathan Costa, do Hospital Sírio Libanês.
“E idosos, claro, que também não têm o sistema imunológico funcionando tão bem. E qualquer pessoa que tem uma doença pulmonar prévia, quem tem asma, quem tem bronquite, enfisema, sofre muito mais com essa secura e principalmente com a poluição”, continua.
Os efeitos ruins afetam os olhos, as mucosas do nariz, a garganta, os pulmões e até órgãos como o coração.
“Essa poluição entra em contato com nosso organismo através do pulmão, mas ela pode inflamar outros locais, e aí aumenta o risco de infarto, de derrame e no coração também pode aumentar o risco de arritmia”, diz o especialista.
Quem tem sintomas mais graves pode precisar dos serviços de saúde, mas, segundo os médicos, a melhor forma de se proteger é usar uma arma muito simples: a água.
Umidificar o ar, usar soro fisiológico para lavar o nariz, hidratar os olhos, beber muita água. Oferecer para quem esquece e precisa também é importante.
Incêndios cobrem de fumaça vários municípios de São Paulo
E é preciso se proteger também de acidentes causados pelas cortinas de fumaça. Na tarde deste sábado (24), três rodovias de São Paulo foram interditadas por falta de visibilidade. No horizonte, fogo e fumaça.
“Se caso o motorista identificar uma cortina de fumaça à distância, é importante que ele não tente atravessar essa cortina de fumaça porque a visibilidade é muito baixa. Pode acontecer de ter um motorista que acabou parando o carro ali ou algum outro problema na rodovia, isso pode colocar em risco essa pessoa”, diz Roberto Farina, diretor de comunicação da Defesa Civil do estado de São Paulo.