24 de setembro de 2024

Influenciadores são investigados por falsas rifas na internet

Agentes da Delegacia do Consumidor saíram para cumprir 7 mandados de busca e apreensão contra 5 alvos. Influenciadores são investigados por falsas rifas na internet
A Polícia Civil do RJ iniciou nesta quarta-feira (17) a Operação Sorte Grande, contra falsas rifas na internet, em um esquema que movimentou pelo menos R$ 15 milhões.
Segundo as investigações da Delegacia do Consumidor (Decon), influenciadores com milhões de seguidores nas redes sociais divulgavam sorteios de bens que nunca eram entregues.
Agentes saíram para cumprir 7 mandados de busca e apreensão contra 5 alvos. O grupo é investigado por estelionato, crime contra a economia popular e associação criminosa.
Os investigados
Luiz Guilherme de Souza, o Gui Polêmico: 15 milhões de seguidores
Samuel Bastos de Almeida, o Almeida do Grau: 450 mil seguidores
Nathanael Cauã Almeida de Souza, o Chefin: 13,5 milhões de seguidores
De acordo com o inquérito, os influenciadores promoviam rifas com prêmios em dinheiro, lotes de telefones celular, veículos de luxo e até mesmo apartamentos. Para dar credibilidade ao negócio, os golpistas simulavam a entrega dos bens mais valiosos para comparsas e publicavam os vídeos em seus perfis.
Já prêmios mais simples, segundo o delegado Luiz Henrique Marques, eram de fato dados aos ganhadores, a fim de estimular os jogos.
O g1 tenta contato com os influenciadores.
Nathanael Cauã Almeida de Souza, o Chefin
Reprodução
Como eram as rifas
Em um sorteio valendo um carro e uma moto, no ano passado, cada tíquete valia R$ 0,35, e o apostador tinha de escolher números de 0 a 9.999.999, ou 10 milhões de combinações possíveis.
Em sorteios regulares baseados na Loteria Federal são utilizados 5 números de 0 a 9, resultando em 100 mil possíveis combinações.
A polícia suspeita que os concursos eram extraídos sem qualquer auditoria ou meios para que o participante pudesse acompanhar. Com os mandados desta quarta, a Decon espera obter detalhes das plataformas que operam esses sorteios — quase sempre com sede no exterior.
Cordão apreendido na Operação Sorte Grande
Reprodução/TV Globo

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