18 de outubro de 2024

Inspeção suspende cirurgias na maternidade de Bayeux por falta de materiais de limpeza adequados

O almoxarifado da maternidade foi interditado e a lavanderia também foi suspensa. A ação foi realizada pelo Ministério Público da Paraíba e Agevisa. Hospital Materno Infantil de Bayeux, na Grande João Pessoa
Antonio Vieira/TV Cabo Branco
Uma inspeção suspendeu na tarde desta quarta-feira (16) todos os procedimentos e cirurgias realizadas no Hospital Materno-Infantil João Marsicano, no município de Bayeux. Partos em fase expulsiva e as consultas médicas serão mantidas no local. A ação foi cumprida pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) e a Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa), que averiguaram uma denúncia sobre a unidade hospitalar.
De acordo com o MPPB, os procedimentos e cirurgias foram suspensos por falta de produtos de limpeza adequados para desinfecção do bloco cirúrgico e demais áreas críticas. Pelo mesmo motivo, a lavanderia do hospital também foi suspensa.
Durante a inspeção, também foram constatadas irregularidades que resultaram na interdição do almoxarifado do hospital, onde, segundo o MPPB, algumas embalagens de produtos de limpeza estavam armazenadas de forma inadequada.
Foram feitos um auto de interdição para a maternidade, um de suspensão e a apreensão dos insumos inadequados. A Notícia de Fato também será convertida em Inquérito Civil Público para apurar as irregularidades apontadas.
O g1 entrou em contato com a Prefeitura de Bayeux, que afirmou estar apurando a interdição com a direção do Hospital Materno-Intantil. Não recebemos retorno até a última atualização desta reportagem.
Outra interdição
Em janeiro deste ano, o CRM-PB realizou uma inspeção que constatou a ausência de médicos obstetras e anestesistas na unidade. O problema, segundo o órgão, acontece desde novembro de 2023. A prefeitura de Bayeux chegou a contratar uma empresa terceirizada para suprir a deficiência, mas o problema não foi resolvido e, com isso, estavam faltando médicos para os plantões.
De acordo com o diretor geral do hospital, Demócrito Medeiros, os problemas na escala aconteceram por causa da ausência de profissionais por questões de saúde e de foro íntimo dos médicos. “Ficamos com esse déficit de dois dias na escala, a segunda-feira e a sexta-feira, e também um furo na escala do domingo”, explicou.
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