Pesquisa, inédita, é conduzida por profissionais da USP, usa probiótico e pode ser alternativa a pacientes que não respondem a medicamentos. Participação é gratuita. Fachada do Instituto de Psiquiatria do HC da Faculdade de Medicina da USP
Divulgação/HCFMUSP
O Instituto de Psiquiatria (IPq), do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), lidera um estudo inédito que busca encontrar novas formas de tratamento para combater sintomas de depressão em pessoas com diagnóstico de transtorno bipolar que não respondem a medicamentos.
Podem participar da pesquisa, que é gratuita:
Pessoas entre 18 e 65 anos que morem na cidade de São Paulo;
Que tenham diagnóstico de transtorno bipolar tipos I ou II;
Estejam tomando antidepressivos, antipsicodélicos ou estabilizadores de humor;
Apresentem episódio depressivo atual ou sintomas residuais.
As vagas para o tratamento são limitadas. Quem se encaixar nos critérios deve contatar a equipe pelo email pesquisaproman@gmail.com ou pelo WhatsApp: (11) 97825-2909 (com Michele).
A pesquisa
Segundo o IPq, o estudo é aprovado e consiste no uso de um probiótico com ação no eixo “intestino-cérebro” dos pacientes.
O tratamento é gratuito e dura 12 semanas. Nele estão inclusos três atendimentos no instituto e acompanhamentos online ou por telefone. Nos dias em que os pacientes precisarem ir até o instituto, a equipe oferecerá ajuda de custo para transporte e lanche.
Segundo os pesquisadores, o probiótico proporciona benefícios ao metabolismo e será ministrado em combinação com os medicamentos já utilizados pelos pacientes.
“Evidências recentes sugerem que a modulação da flora bacteriana intestinal pode ter efeitos antidepressivos e isso abre novos caminhos para o desenvolvimento de uma nova classe de medicamentos para tratar esta doença”, explicou o professor Beny Lafer, coordenador do estudo.
O estudo é randomizado, duplo-cego, controlado por placebo.
O trantorno
O transtorno bipolar (TB), segundo o IPq, é altamente incapacitante e está associado à mortalidade prematura, visto que os pacientes apresentam uma taxa mais alta de doenças cardiovasculares.
Os episódios de depressão são a causa mais frequente dessa incapacidade e mais da metade dos pacientes não responde adequadamente aos tratamentos disponíveis.