19 de setembro de 2024

Integrantes de grupo de extermínio em MT são condenados a mais de 130 anos de prisão por mortes sob encomenda

Organização criminosa, conhecida como ‘Os Mercenários’, era formada por seis policiais e outros civis que matavam pessoas por encomenda em 2016 e recebiam dinheiro por isso. A organização criminosa conhecida como ‘Os Mercenários’, era formada por seis policiais e outros civis que matavam pessoas por encomenda em 2016.
TJMT/Divulgação
Cinco dos sete denunciados pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT) que faziam parte do grupo de extermínio acusado de praticar vários homicídios em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, foram condenados a penas que somam 132 anos de prisão. A organização criminosa, conhecida como ‘Os Mercenários’, era formada por seis policiais e outros civis que matavam pessoas por encomenda em 2016 e recebiam dinheiro por isso.
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O julgamento pelo Tribunal do Júri começou na segunda-feira (4) às 9h e terminou na terça-feira (5), no Fórum da Capital. O caso julgado desta vez é da morte de Eduardo Rodrigo Beckert, em abril de 2016. A vítima foi atingida em via pública, por disparos de armas de fogo e morreu no local.
Submetidos ao júri popular, José Edmilson Pires dos Santos, Helbert de França Silva e Claudiomar Garcia de Carvalho foram condenados por homicídio qualificado e organização criminosa, cada um a 27 anos e meio de prisão.
Os réus Marcos Augusto Ferreira Queiroz e Edervaldo Freire foram condenados a 25 anos de prisão. Já Fernando Marques Boabaid e Roni José Batista foram absolvidos.
O g1 não conseguiu localizar a defesa dos condenados.
Conforme o MPMT, cerca de 20 homicídios cometidos pelo grupo serão julgados até junho deste ano no “Programa Mais Júri”, realizado por meio de Termo de Cooperação entre o Tribunal de Justiça, Ministério Público e outras instituições.
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Relembre o caso
Em abril de 2016, dezessete pessoas, entre elas seis policiais militares, foram presas durante a Operação Mercenários, que investigava a morte de 15 pessoas em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá.
O grupo, segundo a denúncia, tinha aparato para cometer os crimes, como armamento sofisticado, rádio amador, silenciador de tiros e carros e motos com placas frias. Em todos os casos, as testemunhas relataram que os criminosos estavam vestidos com roupas camufladas, roupas pretas e capuzes.
Em junho de 2019, Helbert de França Silva, que é policial Militar, e José Edmilson Pires dos Santos, foram condenados pelos crimes de tentativa de homicídio e homicídio qualificado. Juntas, as penas somam um total de 30 anos de prisão pela morte sob encomenda de Luciano Militão da Silva e pela tentativa de homicídio contra Célia Regina da Silva.
As vítimas estavam voltando de uma festa, quando foram atacadas enquanto tentavam abrir o portão da residência.
Além da prisão, Helbert foi condenado a perda do cargo de militar.
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