Dyesley Sales Santos e Marcos Vinícius Oliveira Lima Gomes morreram durante troca de tiros com a PM em Gurupi. Caso aconteceu em março deste ano. Dyesley Sales Santos, de 24 anos, foi morto em troca de tiros com a Polícia Militar
Acervo pessoal/ Divulgação
A Polícia Civil concluiu as investigações sobre as mortes de Dyesley Sales Santos, de 24 anos, e Marcos Vinícius Oliveira Lima Gomes, de 29 anos. Os dois morreram durante uma troca de tiros com a Polícia Militar, em Gurupi. Segundo o inquérito, os PMs agiram em legítima defesa, após os suspeitos sacaram armas de fogo atiraram contra os militares.
📱 Participe da comunidade do g1 TO no WhatsApp e receba as notícias no celular.
O confronto aconteceu no dia 12 de março de 2024 em uma estrada de chão que dá acesso ao Residencial Madrid. Na época a PM informou que uma equipe viu um carro em atitude suspeita e tentaram fazer uma abordagem, momento em que os suspeitos abriram fogo e os policiais tiveram que revidar.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, as investigações foram concluídas após ouvir testemunhas e realizar perícia em dados de aparelhos celulares.
LEIA MAIS
Dois homens morrem durante troca de tiros com policiais militares em Gurupi
Corpos de homens mortos em troca de tiros com a PM são liberados; veja quem são
Em áudio, jovem contou ao pai que estava sendo perseguido por PMs antes de morrer em abordagem
Dois meses após perder filho em troca de tiros com a PM, homem morre baleado por policial em bar
Denúncia de perseguição
Ouça o áudio enviado por um dos homens mortos em confronto com a PM
Na época a família de Dyesley Sales denunciou os policiais envolvidos no caso ao Ministério Público. Nelson Costa Sales, pai de Dyesley, contou em entrevista aos g1 que o filho dizia estar sendo perseguido pela mesma equipe da força tática desde fevereiro, período em que eram feitas abordagens frequentes depois que o jovem saiu da casa dos pais.
A família alegou que ele foi preso em 2019 por tráfico de drogas, solto em 2022, e não estava mais envolvido com crimes. Ele estaria trabalhando com bicos como servente de pedreiro.
No mesmo dia em que houve a troca de tiros Dyesley foi abordado pelos policiais denunciados, próximo à Escola Municipal Odair Lúcio. Nelson afirmou ainda que o filho ligou em seguida e disse que foi agredido pelos militares, teve o vidro do carro quebrado e capô amassado.
Morte do pai
Homem morre baleado em bar de Gurupi
Divulgação/Antoniel Cavalcante
Dois meses depois, Nelson Costa Sales, de 50 anos, morreu após ser baleado em um bar de Gurupi. Segundo o boletim de ocorrência, o disparo foi feito por um Policial Militar, durante uma abordagem. Ele chegou a ser levado para o Hospital Regional de Gurupi, mas acabou morrendo.
De acordo com o documento registrado na Polícia Civil pela família, ele estava acompanhado do dono no bar. Em um momento, Nelson saiu do balcão e encontrou com um policial que estava fazendo uma abordagem no local. Ele supostamente teria se assustado ao ver o policial e tentou se afastar, quando acabou sendo baleado na região abdominal.
A Polícia Militar informou que no dia foi chamada ao bar após denúncia de que dois homens estavam armados no local. Durante a abordagem ao dono do estabelecimento, um suspeito recuou dando passos para trás, de frente para o policial e procurando o interior do bar. Em seguida ele teria sacado uma arma e apontado para o policial, momento em que o oficial revidou a ação, segundo a PM.
De acordo com a polícia, durante uma busca no carro do suspeito foram encontradas nove munições de calibre 22.
A Secretaria da Segurança Pública do Tocantins (SSP) afirmou que Nelson Costa Sales portava uma pistola 380 e resistiu à abordagem policial. O caso foi registrado como morte por intervenção policial. A arma foi apreendida e a morte será investigada pela 3ª Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP- Gurupi).
O que diz a SSP
A Secretaria da Segurança Pública do Tocantins informa que a Polícia Civil concluiu inquérito policial que investigava as mortes, por intervenção de agentes do Estado, de Dyesley Sales Santos e Marcos Vinicius Oliveira Lima Gomes, ocorridas em Gurupi em março deste ano.
Depois de devidamente instruído, com oitivas de testemunhas, realização de perícias e análise de dados de aparelhos celulares, a PCTO concluiu que os policiais militares agiram em legítima defesa, já que os envolvidos mortos teriam sacado de armas de fogo e realizado disparos em direção à guarnição da PM.
O inquérito foi concluído e remetido ao Poder Judiciário e ao Ministério Público no dia 23 de maio de 2024.
Veja mais notícias da região no g1 Tocantins.