20 de novembro de 2024

Irã faz exercícios militares e rejeita pedido de EUA e União Europeia para desistir de ataque a Israel

Três autoridades do Irã disseram que apenas um acordo de cessar-fogo em Gaza poderia adiar uma retaliação. porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã
Reprodução/TV Globo
O governo iraniano rejeitou apelos internacionais para não atacar Israel.
O Irã está determinado a defender sua segurança nacional. Foi o que disse nesta terça-feira (13) o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do país. Nasser Kanaani disse que não há lógica política em pedir que o Irã não retalie Israel. Essa declaração foi uma resposta à Alemanha, França e Reino Unido. Esses países, junto com os Estados Unidos, pediram na segunda-feira (12) que o Irã não reaja.
Nesta terça-feira (13), as Forças Armadas iranianas realizaram exercícios militares no norte do país. O secretário de Estado, Antony Blinken, cancelou a viagem que faria nesta terça-feira (13) a Israel. Mas aprovou mais de 20 bilhões de dólares em vendas para os israelenses de caças e munições para tanques.
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Reprodução/TV Globo
Duas autoridades americanas irão ao Oriente Médio para tentar diminuir a tensão.
Nesta terça-feira (13), o Hamas lançou dois mísseis em direção a Tel Aviv; um caiu no mar e o outro, dentro de Gaza. Os disparos foram uma reação à morte de 19 pessoas no sul do território palestino. O Hamas responsabilizou Israel.
Três autoridades do Irã disseram à agência de notícias Reuters que apenas um acordo de cessar-fogo em Gaza poderia adiar uma retaliação. Na quinta-feira, há uma negociação importante sobre isso, entre Estados Unidos, Catar e Egito.
O presidente americano Joe Biden disse que está dificil chegar a uma trégua, mas declarou esperar que o Irã desista do ataque se as negociações derem certo. O Hamas afrimou que não vai participar da reunião.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acusa o grupo terrorista de dificultar as negociações. Mas, de acordo com o jornal “The New York Times”, Netanyahu também está colocando entraves. O jornal afirma ter obtido documentos que mostram que Israel fez cinco novas exigências nos últimos meses. Entre elas, o governo teria voltado a exigir que Israel fique com o controle de um trecho da fronteira entre Gaza e o Egito.
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O gabinete de Netanyahu não contestou os documentos, mas respondeu que não incluiu novas condições, disse que apenas esclareceu detalhes para facilitar a negociação.
Ainda de acordo com o “New York Times”, críticos de Netanyahu dizem que ele se preocupa em manter a coalizão do seu governo, que tem políticos de extrema-direita contrários a um cessar-fogo. Entre eles, Itamar Ben-Gvir, o ministro da Segurança Nacional.
Nesta terça-feira (13), ele provocou a opinião pública mundial ao levar fiéis judeus até a Esplanada das Mesquitas, ou Monte do Templo. A montanha em Jerusalém é um dos lugares mais sagrados para muçulmanos e judeus. Mas, de acordo com as regras de convivência em vigor, os judeus não podem rezar no lugar onde fica a Mesquita de Al-Aqsa.
O gabinete de Netanyahu repreendeu Ben-Gvir e disse que as regras precisam ser respeitadas.
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