Vice-presidente iraniano debateu papel do presidente eleito nos EUA nos conflitos no Oriente Médio durante cúpula dos países árabes em Riade. Vice-presidente do Irã, Mohammad Reza Aref (segundo da esquerda para a direita) é recebido na Arábia Saudita pelo príncipe herdeiro Mohammed bin Abdulrahman bin Abdulaziz, em 11 de novembro de 2024.
Agência de imprensa da Arábia Saudita via Reuters
“O mundo espera” que Donald Trump se empenhe ao assumir o poder nos Estados Unidos em janeiro para pôr fim “imediatamente” às guerras de Israel em Gaza e Líbano, disse nesta segunda-feira (11) o vice-presidente do Irã, Mohammad Reza Aref.
“O governo americano é o principal defensor das ações do regime sionista [de Israel], e o mundo espera a promessa do novo governo americano de pôr fim imediatamente à guerra contra as populações inocentes de Gaza e Líbano”, disse Aref.
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O vice-presidente iraniano debateu a influência de Trump no conflito durante uma cúpula de países árabes e muçulmanos em Riade, na Arábia Saudita.
Irã e EUA são rivais nos conflitos do Oriente Médio — Washington é o principal aliado de Israel, enquanto Teerã financia o Hamas e o Hezbollah, que lutam contra forças israelenses na Faixa de Gaza e no Líbano.
Em sua primeira gestão como presidente dos EUA, Trump retirou os EUA de um acordo nuclear histórico com o Irã que seu antecessor, o democrata Barack Obama, havia conseguido costurar.
O republicano também aplicou uma série de sanções a Teerã, que retomou seu programa nuclear após o rompimento do acordo e, atualmente, ameaça usá-lo para fins militares, em meio às tensões com Israel.
Tentativa de assassinato
Donald Trump vence eleições em todos os sete estados-pêndulo
Na sexta-feira (8), o Departamento de Justiça dos Estados Unidos disse que agentes iranianos montaram um suposto complô para assassinar Trump.
Segundo os investigadores, um dos suspeitos foi encarregado por um funcionário do governo do Irã antes das eleições presidenciais americanas de planejar o assassinato do republicano.
O objetivo seria vingar a morte do general iraniano Qassem Soleimani, que foi assassinado em 2020 em um ataque dos EUA ordenado por Trump. À época, o republicano estava em seu primeiro mandato na Casa Branca.