14 de outubro de 2024

Irmãos são presos suspeitos de torturar ex-funcionário para ele confessar supostos furtos a empresa no Paraná

Esposa de empresário também foi presa por tentar destruir celular durante cumprimento de mandado de busca e apreensão. Nome da empresa e dos envolvidos não foram divulgados pela polícia. Viatura da Polícia Civil do Paraná DHPP
Giuliano Gomes/PR Press
Um empresário de 32 anos e uma empresária de 34 anos, ambos irmãos, foram presos suspeitos de torturar um ex-funcionário para ele confessar supostos furtos a uma empresa, em Francisco Beltrão, no sudoeste do Paraná. As informações são da Polícia Civil.
“Violência praticada e motivada para que ele confessasse um crime de furto. A vítima foi agredida por longo período, ficando com diversas lesões”, informou a Polícia Civil.
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Imagens não divulgadas pela polícia, mas que constam no inquérito policial, mostram as torturas sofridas pela vítima, que foi chamada até a empresa com a promessa de um novo emprego. Porém, ao chegar na empresa, passou a ser agredido pelo ex-chefe.
Segundo a polícia, os suspeito foram presos na sede da empresa, na região central da cidade, na última sexta-feira (11). O nome dos empresários e do estabelecimento não foram divulgados.
O g1 tenta identificar a defesa dos suspeitos que foram soltos no domingo (13) e são monitorados agora por tornozeleira eletrônica.
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Mulher de empresário presa
A polícia também cumpriu mandados de busca e apreensão no local expedidos pelo juízo da Vara Criminal de Francisco Beltrão. Durante os cumprimentos, a esposa do empresário, “de forma proposital”, conforme relatório da corporação, quebrou um dos telefones apreendidos e foi presa em flagrante pelo crime de fraude processual.
O celular quebrado foi encaminhado para a perícia e, de acordo com a polícia, nele deve conter o vídeo que os empresários obrigaram o ex-funcionário a gravar confessando o furto. O vídeo também deve ser usado como prova no caso
Segundo o Delegado Anderson Andrei, responsável pela investigação, com “vasto material probatório do crime”, nos próximos dias o caso deve ser concluído e enviado para apreciação do Ministério Público e Poder Judiciário. O crime de tortura prevê penas de dois a oito anos de prisão.
A mulher do empresário pagou fiança e também foi solta e deve responder em liberdade
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