24 de setembro de 2024

Israel pede que comunidade internacional imponha novas sanções contra o Irã após ataque

Os diplomatas continuam se esforçando para evitar uma guerra maior. Israel pede sanções contra o Irã a mais de 30 países
O governo de Israel pediu que a comunidade internacional imponha novas sanções contra o Irã depois do ataque do fim de semana.
O Exército israelense mostrou um dos mísseis balísticos lançados durante a ofensiva iraniana. O projétil caiu no Mar Morto.
“Vamos responder da maneira que escolhermos na hora que escolhermos”, disse o porta-voz das Forças Armadas, Daniel Hagari.
O ministro das Relações Exteriores de Israel disse que, além da resposta militar, está liderando uma ofensiva diplomática. Ele enviou a 32 países uma carta que pede sanções contra o Irã para impedir o desenvolvimento de mísseis pelo regime. Os Estados Unidos afirmaram que devem anunciar novas sanções nos próximos dias e a União Europeia está estudando possíveis restrições.
Em um encontro com soldados, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu destacou que o Irã está por trás de grupos extremistas – como o Hamas, na Faixa de Gaza, e o Hezbollah, no Líbano.
Nesta terça-feira (16), o Exército matou um comandante do Hezbollah em um novo bombardeio ao território libanês. Mas, até agora, o gabinete de guerra do governo israelense não anunciou os planos para retaliar o ataque iraniano.
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No sábado (13), o Irã lançou mais de 300 mísseis e drones contra Israel. O regime iraniano diz que a ofensiva foi uma resposta a um ataque ao consulado do país na Síria, que matou sete membros da Guarda Revolucionária no dia 1º de abril. O Irã culpa Israel pelo bombardeio.
O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, afirmou nesta terça-feira (16) que qualquer ação contra os interesses do país terá uma resposta severa e dolorosa. E o vice-ministro das Relações Exteriores afirmou que a resposta poderia vir em questão de segundos, não horas.
Os diplomatas continuam se esforçando para evitar uma guerra maior. A ministra das Relações Exteriores da Alemanha chega nesta terça (16) em Israel para tentar impedir a escalada da violência. O ministro egípcio disse que pediu tanto ao governo de Israel quanto do Irã para que mantenham a tranquilidade e a paz.
O chefe da diplomacia britânica, David Cameron, também está viajando para Israel e deve se reunir com Netanyahu nesta quarta-feira (17).
O ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman Safadi, falou sobre a crise. O país árabe, vizinho de Israel, ajudou a derrubar os drones iranianos no sábado (13).
“Somos contra uma escalada. Netanyahu quer tirar a atenção de Gaza e focar no confronto dele com o Irã”, disse Safadi.
Mais de 33 mil palestinos já morreram na Faixa de Gaza, segundo o Ministério da Saúde do grupo Hamas.
O presidente russo, Vladimir Putin, pediu para todos os países da região mostrarem moderação e prevenirem uma nova rodada de confrontos. Ele alertou que um conflito teria consequências catastróficas.
Rússia e Irã tem relações próximas, e o país chegou a enviar drones para Putin usar na guerra contra a Ucrânia.
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