Agências humanitárias internacionais pressionam o governo israelense para que volte a permitir o acesso por novos pontos. Israel autoriza nova rota de ajuda humanitária para Gaza
O governo de Israel prometeu ampliar as opções de entrega de ajuda humanitária.
A crise humanitária assola toda a Faixa de Gaza. A ajuda que entra é muito menor do que antes da guerra, quando a média de caminhões diários era de 500 por dia. Agora, são 150, de acordo com o Programa Mundial de Alimentos da ONU.
No norte da Faixa de Gaza, uma em cada seis crianças está desnutrida, segundo as Nações Unidas. Nesta terça-feira (12), o Programa de Alimentos da ONU conseguiu entrar com seis caminhões no norte, desta vez por um caminho diferente.
Antes da guerra, a Faixa de Gaza costumava ter três pontos de entrada, estritamente controlados por Israel e pelo Egito: Rafah, na fronteira com o Egito, Kerem Shalom, na tríplice fronteira com Egito e Israel, e Erez, na fronteira norte com Israel.
Portões de entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza
JN
Desde o início do conflito, o portão de Erez foi fechado. Toda a ajuda precisava entrar pelo sul e atravessar o território por dentro, com risco de saques. Agora, pela primeira vez, entrou por portão adicional na cerca de segurança, perto do Kibutz Be’eri – um dos alvos dos terroristas do Hamas nos ataques de outubro de 2023.
Já são 27 palestinos mortos por desnutrição no norte de Gaza – a maioria crianças, de acordo com o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas. Agências humanitárias internacionais agora pressionam Israel para que volte a permitir o acesso por novos pontos de entrada como esse, para que a comida chegue direto para quem mais precisa.
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Já no sul da Faixa de Gaza, os riscos continuam vindo dos bombardeios. Segundo a agência da ONU para ajuda aos palestinos, um ataque matou quatro pessoas em um armazém de distribuição de ajuda em Rafah. Entre elas, um funcionário da organização.
O governo de Israel afirmou que o alvo foi um comandante do Hamas conhecido por desviar ajuda humanitária para o grupo terrorista. Muhammad Abu Hasna morreu no ataque.
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