21 de outubro de 2024

Israelenses são acusados de fazer 600 missões de espionagem para o Irã, diz imprensa; crime é sujeito a prisão perpétua

Promotores do Ministério Público dizem que grupo coletava informações de Inteligência em bases militares e outros locais de infraestrutura sensível e fazia a identificação de potenciais alvos humanos. Sistema antimísseis Iron Dome de Israel intercepta foguetes disparados pelo Irã em 1º de outubro de 2024
REUTERS/Amir Cohen
Sete israelenses foram acusados pelo Ministério Público de Israel de executarem espionagem para o Irã , nesta segunda-feira (21), segundo a imprensa local.
O grupo, formado por judeus vindos do Azerbaijão, residentes de Haifa, no norte, inclui dois menores, um soldado desertor e um pai e seu filho.
De acordo com os promotores, em dois anos, eles realizaram cerca de 600 missões para o Irã, incluindo a coleta de inteligência em locais militares e de infraestrutura sensíveis e a identificação de potenciais alvos humanos.
A denúncia oficial dos sete, que deve incluir o crime de assistência ao inimigo durante a guerra – cuja pena é a prisão perpétua -, será apresentada pelo Ministério Público ao tribunal na sexta-feira (25).
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Segundo a investigação da polícia, que prendeu os suspeitos há pouco mais de um mês, eles eram motivados puramente pelo ganho financeiro, recebendo pagamento em várias quantias dependendo do risco da operação.
O líder do grupo supostamente recebia as ordens através de um intermediário turco e direcionava os outros. Eles teriam recebido milhares de shekels, com pagamentos feitos por intermediários russos que iam a Israel.
A polícia também apreendeu dezenas de documentos durante a investigação.
O chefe do Departamento de Segurança de Israel revelou que os alvos atingidos pelo Irã no começo do mês, quando foi disparada uma grande salva de mísseis contra o território israelense, haviam sido monitorados e indicados pelo grupo. Eles foram enviados para fotografá-los antes do ataque e, depois, para verificar a extensão dos danos.
A Procuradoria do Estado ressaltou que “este é um dos casos mais graves investigados nos últimos anos”. O Shin Bet começou a investigar há dois meses.
Irã diz que morte de líder do Hamas fortaleceu ‘o espírito de resistência’
Missão do Irã na ONU publicou mensagem sobre a morte de Yahya Sinwar
Reprodução/X
A missão do Irã na ONU afirmou, na quinta-feira (17), que a morte do chefe do Hamas, Yahya Sinwar, fortalecerá o “espírito da resistência”.
O governo iraniano, que tem o Hamas como aliado, afirmou que enquanto houver ocupação e agressão contra o território palestino, a resistência perdurará e, sem citar Israel, afirmou que Sinwar estava enfrentando o “inimigo” no campo de batalha e com trajes de combate.
“Ele se tornará um modelo para os jovens e crianças que levarão adiante seu caminho em direção à libertação da Palestina”, afirmou.
Enquanto isso, a comunidade internacional aguarda um contra-ataque de Israel contra o Irã. No dia 1º de outubro, dezenas misseis iranianos foram disparados contra o território israelense em represália a mortes de aliados do Irã, como a do chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah.
Segundo o jornal americano “The Washington Post”, a resposta israelense deve acontecer antes das eleições nos Estados Unidos, marcadas para 5 de novembro.
Vídeo mostra Yahya Sinwar momentos antes da morte
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