Autor que resgatou história do município conta curiosidades em entrevista exclusiva ao g1. Jaguariúna ganha livro comemorativo sobre 70 anos de emancipação
Localizado entre Campinas (SP) e Mogi-Mirim (SP), e entre os rios Camanducaia, Jaguari e Atibaia, o município de Jaguariúna (SP) ganhou um livro comemorativo sobre os 70 anos da emancipação, que será lançado nesta quinta-feira (5).
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A obra traz a trajetória da cidade, que se tornou septuagenária em 30 de dezembro de 2023. Quem conta a história é Aluízio Carvalho de Santana, jornalista que mergulhou nos arquivos históricos para resgatar recortes no tempo e organizá-los na obra “Jaguariúna 70”.
O autor conversou com o g1 sobre o processo de escrita e revelou alguns acontecimentos que acabaram sendo deixados de fora do volume final.
Antiga estação de Trem, atual Centro Cultural Zi Cavalcanti, em Jaguariúna
Acervo Prefeitura de Jaguariúna / Casa da Memória Padre Gomes
Curiosidades que ficaram e que saíram do livro
O jornalista explicou que, para contar a história de Jaguariúna, retomou alguns anos antes da própria emancipação para explicar como foi o processo de separação de Mogi-Mirim. Em seguida, focou especialmente na trajetória política e econômica.
Santana lembra que, apesar dos 17 mandatos em cargos legislativos e executivos, a cidade teve apenas oito prefeitos, com alguns deles cumprindo dois, três e até quatro mandatos.
Aspecto antigo da Matriz Centenária de Santa Maria, na Praça Umbelina Bueno, o marco zero de Jaguariúna
Acervo da Coleção Maria Madalena Catão Bergamasco / Casa da Memória Padre Gomes
Durante a entrevista, Santana destacou duas grandes transformações urbanas que ocorreram na década de 1980. A primeira entrou no livro, enquanto a segunda virou uma das histórias de bastidores.
A primeira trata da implosão, em 1984, de dois pontilhões da antiga linha férrea que passava por Jaguariúna, desativados desde a década de 1970 e que, segundo o autor, permitiram a expansão da cidade a partir da conexão com a SP-340.
Já a segunda foi a demolição do edifício da Casa Paroquial. “Ela ficava onde está hoje exatamente a casa da memória Padre Antônio Joaquim e era um prédio histórico onde aconteciam muitas reuniões […] Foi uma judiação terem demolido aquele prédio”, disse.
Implodindo pontilhões da linha férrea de Jaguariúna (1984)
Acervo de Elaine Mischiatti e Ivan Ferrari / Casa da Memória Padre Gomes
O livro e o autor
O livro foi dividido em sete capítulos, retratando cada década da cidade e, como diz, ricamente ilustrado, além de reunir vários recortes de jornal, ao longo das 212 páginas. A obra contou com apoio de profissionais da Casa da Memória de Jaguariúna.
O lançamento oficial da obra acontece nesta quinta-feira (5), às 19h, em um evento exclusivo para convidados.
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