Números de casos confirmados na cidade saltaram de 96 para 139. O Vale do Aço é a região de Minas com mais diagnósticos confirmados. Febre de Oropouche pode ser transmitida pela picada de maruim e pernilongo
Dive/Divulgação
Joanésia, cidade localizada no Vale do Aço, é o município de Minas Gerais com mais casos confirmados de Febre Oropouche, 139. O estado tem 191 diagnósticos confirmados para a doença até 14 de agosto. (confira os casos por cidade abaixo)
Segundo a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), em sete dias, de 7 a 14 de agosto, os números de casos confirmados na cidade saltaram de 96 para 139, um aumento de 44%.
O munícipio tem 4.476 habitantes, segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as confirmações pela febre representam um percentutal de 3% da população contaminada.
As primeiras quatro amostras detectáveis para o agravo da Febre Oropouche em Minas foram identificadas em maio de 2024, pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-MG), da Fundação Ezequiel Dias (Funed), o Lacen, e ocorreram nos municípios de Ipatinga, Gonzaga e Congonhas.
As amostras foram coletadas em período anterior a junho deste ano.
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Secretaria de Saúde confirma dois casos de Febre Oropouche em gestantes no Vale do Aço
Dois casos de febre oropouche são confirmados em Ipatinga
Nesta quarta-feira a secretaria também informou que dois casos de Febre Oropouche em gestantes foram confirmados no Vale do Aço. As notificações foram feitas no mês de abril.
Segundo a secretaria, as crianças nasceram bem, assintomáticas e mantêm acompanhamento ambulatorial com a equipe de saúde local.
Confira os casos por cidade
1 caso em Congonhas – URS Barbacena;
2 casos em Coroaci – URS Governador Valadares;
30 casos em Coronel Fabriciano – URS Coronel Fabriciano;
1 caso em Gonzaga – URS Governador Valadares;
3 casos em Ipatinga – URS Coronel Fabriciano;
139 casos em Joanésia – URS Coronel Fabriciano;
15 casos em Timóteo – URS Coronel Fabriciano.
Além desses, foram confirmados três casos por laboratório da rede particular em Belo Horizonte, confirmados pelo Lacen, de pessoas residentes no município de Botuverá, em Santa Catarina, já notificados ao estado.
Como estratégia de vigilância ativa, foi implantada em Minas Gerais a Vigilância Sentinela da Febre de Oropouche, com unidades sentinelas em todas as Unidades Regionais de Saúde e envio regular de amostras à Funed para testagem.
Doença
A Febre Oropouche é uma doença causada por um arbovírus do gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae. Os sintomas são parecidos com os da dengue e da chikungunya: dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia.
O diagnóstico da arbovirose é clínico, epidemiológico e laboratorial e todo caso com diagnóstico de infecção pelo vírus deve ser notificado pelo município no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
A Secretaria de Estado de Saúde informou ainda que conduz a devida investigação epidemiológica no estado, por meio do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Estado de Minas Gerais (Cievs-Minas).
Minas Gerais não registrou casos ou óbitos por febre oropouche até o ano de 2023.
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