27 de dezembro de 2024

Jovem apreendido com objetos nazistas após alerta da Embaixada dos EUA xingou policial de ‘prejo nojento’

Menor de 17 anos ofereceu resistência às autoridades durante cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa dele, em Itanhaém, no litoral de São Paulo. Adolescente apreendido com objetos e símbolos nazistas chamou policial de ‘preto nojento’
Divulgação/Polícia Civil e g1 Santos
O adolescente, de 17 anos, apreendido suspeito de planejar um ataque em Itanhaém (SP) ofereceu resistência à Polícia Civil e chamou um dos agentes de “preto nojento”. As autoridades cumpriram um mandado de busca e apreensão na casa do menor, onde encontraram pistolas, facas e objetos com símbolos nazistas, como livros do ditador Adolf Hitler.
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Os agentes da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Itanhaém foram à residência do adolescente, no bairro Ivoty, após receberem um alerta da embaixada dos Estados Unidos, que monitorou o comportamento dele nas redes sociais.
Conforme apurado pelo g1, nesta sexta-feira (2), o policial civil negro que foi ofendido prestou depoimento na delegacia. Desta forma, foi acrescentado o ato de injúria racial no boletim de ocorrência registrado sobre o caso.
Após o cumprimento do mandado, o adolescente foi encaminhado à DIG de Itanhaém, onde a ocorrência foi registrada. Ele será encaminhado na sequência a uma unidade da Fundação Casa.
Adolescente apreendido guardava objetos com símbolos nazistas em casa, em Itanhaém (SP)
Divulgação/Polícia Civil
Objetos e anotações nazistas
Entre os itens apreendidos na casa do adolescente estão duas pistolas, três facas, um quadro com a bandeira dos Estados Confederados dos Estados Unidos, dois livros escritos por Hitler, um capacete com as insígnias da “SS” — instituição militar que sustentou a ascensão do ditador.
“F***-se quantos morrerem. Quanto mais, melhor” e “White power (‘poder branco’, em inglês). Morte aos judeus” estão entre as frases escritas nos cadernos apreendidos do menor.
Adolescente guardava cadernos com anotações preconceituosas em casa
Divulgação/Polícia Civil
Nazismo: crimes previstos
O que a lei brasileira diz sobre apologia do nazismo
Ao g1, o advogado criminal Mario Badures explicou anteriormente que, apesar da Constituição Brasileira garantir que qualquer cidadão possa expressar aquilo que pensa, este não é um direito absoluto, ou seja, encontra limitações dentro da Lei Maior.
O profissional citou a Lei 7.716/1989, que classifica como crime o induzimento ou incitação à discriminação. Veja detalhes abaixo:
Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Pena: reclusão de um a três anos e multa – ou reclusão de dois a cinco anos e multa se o crime foi cometido em publicações ou meios de comunicação social.
Fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo. Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa.
Historiador explica qual a relação da suástica com o nazismo
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