27 de setembro de 2024

Julgamento Trump: testemunhas começam a ser ouvidas sobre caso Stormy Daniels

Na campanha de 2016, ex-presidente americano teria se juntando ao seu advogado e ao editor de um tabloide em uma conspiração para acobertar escândalos sexuais. Ele é acusado de fraudar os registros do suborno a um atriz pornô. Testemunhas começam a ser ouvidas sobre caso Stormy Daniels
Jornal Nacional/Reprodução
Nos Estados Unidos, a Justiça começou a ouvir as testemunhas do julgamento em que o ex-presidente americano Donald Trump é acusado de fraude.
Quando Donald Trump saiu em direção ao tribunal, as emissoras de TV acompanhavam cada passo do ex-presidente. Antes de entrar na sala, Trump repetiu que preferia estar na Pensilvânia ou na Georgia fazendo campanha.
“Isso é muito injusto”, disse ele.
Trump é o primeiro ex-presidente americano a ser julgado criminalmente. Os promotores apresentaram aos 12 membros do júri – sete homens e cinco mulheres – as 34 acusações. A principal delas: na campanha de 2016, Trump teria se juntando ao seu advogado dele e ao chefe de um tabloide em uma conspiração para acobertar escândalos sexuais.
“Foi fraude eleitoral pura e simples”, disse o promotor.
Matthew Colangelo repetiu as frases ditas por Trump em um vídeo divulgado um mês antes da eleição. Na gravação, o ex-presidente deixou claro que poderia tocar nos órgãos genitais das mulheres sem permissão simplesmente por ser famoso.
Segundo o promotor, “a divulgação de outro escândalo sexual naquele momento seria devastadora para a campanha”.
Trump aceitou pagar US$ 130 mil para que a ex-atriz pornô Stormy Daniels não revelasse que o então candidato manteve um caso extraconjugal com ela nos anos 2000. Segundo o promotor, Trump cometeu crime eleitoral, não pelo pagamento em si, mas por falsificar recibos para ocultá-lo, o que constitui fraude, e por ter feito isso com o intuito de influenciar a eleição.
O advogado de Trump, Todd Blanche, disse que o ex-presidente é inocente e que tentar interferir no resultado de uma eleição não é crime e, sim, parte da democracia.
A primeira testemunha a depor foi o ex-diretor do jornal “The National Enquirer” David Pecker. Ele assumiu que o tabloide pagava por fofocas e escândalos e que qualquer pagamento acima de US$ 10 mil tinha que ter a aprovação dele.
Os promotores querem saber qual acordo Pecker teria feito com Donald Trump e sua equipe para evitar que a história com a ex-atriz pornô se tornasse pública. David Pecker voltará a responder perguntas nesta terça-feira (23).
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