O Dia Mundial do Doador de Sangue é celebrado anualmente em junho, mês dedicado para o incentivo da doação por meio da campanha ‘Junho Vermelho’. O g1 conversou com voluntários que fazem do ato um compromisso de vida. Imagem de arquivo – Doação de sangue.
Divulgação/Prefeitura de Volta Redonda
Doar sangue é um gesto de poucos minutos, mas que pode salvar vidas. Durante a campanha ‘Junho Vermelho’, mês dedicado a incentivar a doação de sangue e mostrar a importância desse gesto, o g1 traz histórias de ‘superdoadores’ da região, que inspiram outras pessoas a realizarem a mesma ação e têm como missão de vida ajudar o próximo.
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É o caso do metalúrgico José Luiz Batista, de 46 anos, que desde os 18 anos passou a doar sangue constantemente. São pelo menos quatro vezes ao ano realizando a doação convencional, além da doação de plaquetas. Tudo por inspiração do pai.
“Eu sou doador desde os 18 anos de idade por influência do meu pai, que já era doador também. Aí eu senti, desde os 18 anos, um desejo de doar para ajudar o próximo”, contou José, que ressaltou a importância da doação.
O metalúrgico José Luiz Batista, de 46 anos, é doador de sangue desde os 18 anos.
Arquivo pessoal
“A gente nunca sabe quando a gente vai também precisar, alguém da nossa família precisar, como eu tive a minha mãe que precisou também já alguns anos atrás. O importante é ajudar sempre o próximo, porque os hospitais, a todo momento, estão precisando de sangue, têm pacientes, vítimas de acidentes ou até mesmo alguma doença e que precisa”.
O gesto realizado por José fez com que ele fosse até homenageado pelo Banco de Sangue de São José dos Campos, após atingir a marca de 100 doações de plaquetas. O feito foi celebrado pelos profissionais.
Assim como a doação de sangue, a doação de plaquetas beneficia muitos pacientes, especialmente aqueles em tratamento para leucemias e outros tipos de câncer.
“[Sobre a homenagem], foi muito gratificante. Foi muito legal, um presente. Não esperava, de maneira alguma”, confessou.
Lucy e a família durante doação em São José
Arquivo pessoal/Lucy Faria
Família doadora
Ainda em São José dos Campos, cerca de 12 pessoas da mesma família têm como hábito a doação de sangue várias vezes ao ano — e quem deu início a essa iniciativa foi a empresária Lucy Faria.
Ao g1, ela contou que também passou a doar sangue aos 18 anos de idade, com o intuito de ajudar o próximo.
“[A iniciativa] foi por ajudar mesmo. Nós nunca precisamos de sangue, até o momento atual. A gente era bem jovem na época. Fomos eu, meu irmão e mais um grupo de amigos. Na segunda vez, levamos mais gente e aí tem os que seguiram e os que deixaram de doar”, relembrou.
A iniciativa que começou há quase três décadas hoje abrange filho, mãe, irmãos, primos e outros familiares e amigos.
“A gente começou com a nossa família. Eu fui mãe, hoje meu filho é doador. A minha mãe, antes de completar a idade de não poder mais doar, começou a doar sangue. Os filhos do meu irmão também são doadores hoje”.
Família de Lucy participa de doação de sangue em São José dos Campos, SP
Arquivo pessoal/Lucy Faria
Segundo ela, na família há, inclusive, incentivos para que mais pessoas possam aderir ao gesto frequentemente.
“Fomos agregando o pessoal da família. A gente desafia quem vai, às vezes fazemos algumas apostas para animar os mais novos, como, por exemplo, quem doa mais rápido”, contou.
“É pela importância de salvar vidas. Por esse motivo que fazemos, por saber da necessidade de ajudar o próximo. É uma coisa que não dói. O tempo que toma é muito pouco e ajuda a muitos”.
Estoque de sangue tipo O está baixo no hemocentro de São José
No Hemocentro de São José dos Campos, o estoque de sangue dos tipos “O positivo” e “O negativo” estão baixos. Segundo o coordenador de captação de doadores do Banco de Sangue de São José, Paulo Pontes, houve um aumento da demanda de sangue.
“O que houve aqui nos últimos 3 meses é que a transfusão de sangue nos hospitais que atendemos aumentou exponencialmente. A gente precisa garantir o atendimento desses pacientes e isso só vai ser possível se a gente contar com a ajuda da população”, afirmou.
🩸 Como doar?
Para ser um doador de sangue no Brasil, é preciso ter entre 16 e 69 anos (sendo que a primeira doação deve ser feita antes dos 60 anos), estar em boas condições de saúde e pesar mais de 50kg. Menores de 18 anos podem doar apresentando autorização dos responsáveis.
O Banco de Sangue de São José dos Campos fica na Rua Antônio Saes, número 425, ao lado da Santa Casa. O funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 7h às 12h30.
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