12 de fevereiro de 2025

Júri popular de acusado de matar tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu entra no segundo dia; veja resumo do que já aconteceu


Júri está sendo realizado em Curitiba dois anos e meio após o crime. Marcelo Arruda foi morto a tiros por Jorge Guaranho na própria festa de aniversário, que tinha temática do PT, em Foz do Iguaçu. Relembre caso de ex-policial penal que matou tesoureiro do PT de Foz do Iguaçu
Está programado para 9h desta quarta-feira (12) o segundo dia do júri popular de Jorge Guaranho, ex-policial penal réu por homicídio duplamente qualificado pelo assassinato de Marcelo Arruda, tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) e guarda municipal de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná.
O julgamento ocorre no Tribunal do Júri de Curitiba dois anos e meio após a morte de Arruda, que foi baleado por Guaranho enquanto comemorava seus 50 anos de idade com uma festa temática do presidente Lula e do PT. A captação de imagens não foi liberada no julgamento.
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No primeiro dia do júri, foi formado o Conselho de Sentença, composto por três homens e quatro mulheres, além de terem sido iniciados os depoimentos de testemunhas da acusação e defesa do réu.
Foram ouvidos até o momento três testemunhas e uma perita:
Pâmela Suellen Silva, viúva de Marcelo Arruda, que detalhou o dia do assassinato e deu declarações sobre a dificuldade de criar o filho mais novo após a morte do pai. Na época, o bebê tinha 40 dias de vida;
Daniele Lima dos Santos, vigilante que estava no local do crime;
Denise de Oliveira Carneiro Berejuk, perita responsável por laudos de imagem;
Wolfgang Vaz Neitzel, amigo de Marcelo Arruda que participou da festa e viu discussão que terminou com o assassinato.
Ainda na terça, Leonardo, filho de Marcelo Arruda, foi dispensado da posição de testemunha pela acusação e não será mais ouvido.
Tempo real: g1 transmite julgamento
Nesta quarta, o primeiro depoimento previsto é o de Edemir Alexandre Riquelme Gonsalves, amigo de Marcelo Arruda. Além dele, ainda faltam ser ouvidos:
Alexandre José dos Santos, amigo de Marcelo Arruda que participava da festa;
Francielle Sales da Silva, esposa de Garanho, que esteve com ele na primeira ida ao local onde acontecia a festa de Arruda e afirmou que o marido gritou “Bolsonaro mito!”;
Marcelo Adriano Ferreira;
Márcio Jacob Muller Murback, amigo de Guaranho que tinha acesso às imagens das câmeras de segurança da associação onde ocorria a festa de Arruda;
Perito Rodrigo Cavalcanti de Oliveira Neves
Pertia Simone Cristina Malysz
Julgamento ocorre no Tribunal do Juri, em Curitiba, após defesa de Guaranho ter pedido de desaforamento atendido
Natalia Filippin/G1
O réu, Jorge Guaranho, será o último a ser ouvido. Só após isso é que o júri vai para a fase chamada de quesitação, quando os jurados serão questionados se condenam ou absolvem o réu.
O júri popular é presidido pela juíza Mychelle Pacheco Cintra Stadler, magistrada da Vara Privativa do Tribunal do Júri do Foro Central de Curitiba.
A Justiça afirma que o júri de Jorge Guaranho pode se estender até a quinta-feira (13).
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O petista Marcelo Arruda (esq.) foi morto por Jorge Guaranho (dir.), apoiador de Bolsonaro
Reprodução
Relembre o crime
O crime aconteceu em 9 julho de 2022.
Conforme as investigações, Jorge Guaranho invadiu a festa de aniversário de Marcelo Arruda e os dois discutiram. Cerca de 10 minutos depois, o policial penal voltou ao local, armado, e disparou contra Arruda, que revidou usando a arma que carregava por ser guarda municipal.
Arruda foi socorrido, mas morreu na madrugada de 10 de julho de 2022. Ele deixou quatro filhos. Na época do crime, um deles tinha pouco mais de 40 dias.
Após o crime, Guaranho foi agredido por convidados presentes na festa de Marcelo. Ele foi internado e permaneceu em hospital de Foz do Iguaçu até ter alta e ser encaminhado ao Complexo Médico-Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, onde ficou preso até setembro 2024.
Atualmente, Guaranho cumpre prisão domiciliar.
O infográfico abaixo mostra a ordem dos acontecimentos do crime, segundo a Polícia Civil:
Entenda ordem dos acontecimentos no dia do assassinato do petista baleado em festa de aniversário, segundo a polícia
Arte/g1
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