28 de dezembro de 2024

Justiça determina volta de prefeito de Cândido Mendes afastado por suspeita de fraude em licitação

Com a determinação de volta imediata, Fascinho retoma o cargo, que estava afastado desde o dia 21 de fevereiro. Fascinho havia sido afastado desde o dia 21 de fevereiro por suspeita de fraude licitatória.
Divulgação
O Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA) determinou a volta do prefeito de Cândido Mendes, a 341 km de São Luís, ao cargo de gestor do município. José Bonifácio Rocha de Jesus, conhecido como Facinho (PL), voltou ao cargo nessa quarta-feira (6) após decisão judicial.
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Fascinho havia sido afastado desde o dia 21 de fevereiro por suspeita de fraude licitatória ao iniciar a construção de uma estrada vicinal no povoado Água Bela, na zona rural da cidade, no valor de R$ 2 milhões e 600 mil.
Após a decisão de afastamento, Facinho chegou a entrar com um recurso no TJ para reverter a decisão, porém, na época, a Justiça tinha negado o recurso e mantido o afastamento.
Agora, com a decisão do desembargador Cleones Carvalho Cunha, que determinou a volta imediata do gestor do município, Fascinho retoma o cargo que estava sendo ocupado pela vice-prefeita da cidade Alexandra Viana, conhecida como “Alê do Povo”.
Protestos de apoio
Na última quinta-feira (29), apoiadores do prefeito afastado de José Bonifácio protestam na rodovia que dá acesso à cidade.
Os manifestantes queimaram pneus usados e galhos de árvores no meio da rodovia, que é a entrada do município, impedindo o tráfego de veículos no local. Os protestos iniciaram às 10h da manhã de quinta e se estenderam até o início da tarde desta sexta-feira (1º). Toda a movimentação foi acompanhada pela Polícia Militar do Maranhão (PM-MA).
Os vereadores de oposição à gestão de José Bonifácio tiveram que ser escoltados pela PM, na quinta (29), após sair de uma sessão na Câmara Municipal de Cândido Mendes. Os apoiadores do prefeito, agora afastado, atacaram os parlamentares com ovos e xingamentos (vídeo abaixo).
Outros casos
O prefeito José Bonifácio Rocha de Jesus já havia sido acusado de fraudar uma licitação para a construção de uma estrada vicinal no valor de R$ 2 milhões e 600 mil. Ele chegou a ser cassado pela Câmara Municipal no ano passado, mas voltou ao cargo depois de uma ação judicial.
Na época, ele foi alvo de uma ação após ser denunciado por quebra de decoro, quando fez um discurso afirmando que um vereador da oposição tinha mais de 90 empregos na Prefeitura e uma gratificação de quase R$ 20 mil por mês.
O prefeito também foi acusado de tentar subornar o vereador Sababá Filho (PCdoB) com o valor de R$ 300 mil para que ele desistisse do mandato.

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