20 de setembro de 2024

Justiça manda soltar avó de recém-nascida encontrada morta em lixeira de condomínio em Campinas

Mulher deve comparecer a todos os atos do processo, entre outras medidas cautelares. Mãe da bebê, que é menor de idade, foi internada na maternidade e passou por cirurgia pós-parto. Corpo de bebê recém-nascida é encontrado em lixeira de condomínio e avó é presa em Campinas
Reprodução/EPTV
O Tribunal de Justiça (TJ-SP) concedeu liberdade provisória à avó da recém-nascida encontrada morta dentro da lixeira de um condomínio, na noite desta segunda-feira (2), em Campinas (SP). O corpo da bebê foi encontrado por um coletor de materiais recicláveis em um saco de lixo.
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A Justiça determinou que a mulher deve comparecer a todos os atos do processo e está proibida de acessar e frequentar bares e lugares “de reputação duvidosa”, se ausentar da comarca de residência por mais de oito dias sem autorização e mudar de endereço sem informar em juízo.
A mãe da criança, de 17 anos, foi internada sob escolta na maternidade da metrópole e precisou passar por uma cirurgia pós-parto, mas não há informações sobre o estado de saúde.
Corpo de recém nascido é encontrado dentro de saco de lixo em Campinas
Mensagem em grupo do condomínio
De acordo com a Polícia Militar, a mãe deu à luz momentos antes de abandonar a filha. Agora, ela deve responder por infanticídio. Já a avó da bebê foi presa por ocultação de cadáver e corrupção de menores.
O caso foi em um condomínio que fica no Jardim Paulicéia 3. Ainda de acordo com a corporação, a intenção da avó da recém-nascida e da mãe era fazer o parto e se desfazer da criança sem chamar atenção.
No entanto, a jovem teve complicações. No grupo de mensagens do condomínio, a mãe da adolescente chegou a pedir indicações de um remédio para a filha, alegando que ela estava com cólicas.
Mãe da adolescente pediu remédio para cólica no grupo do condomínio
Reprodução/EPTV
“Logo que eu vi no grupo, vi um monte de polícia aqui já. Liguei para o pessoal da portaria e perguntei o que estava acontecendo. Foi onde eles pegaram, passaram para mim que era uma pessoa passando mal”, relata Valdinéia Souza, síndica do condomínio.
“Logo em seguida, ele me ligou de novo falando que o pessoal que faz [coleta] reciclável encontrou uma criança dentro da lixeira”, completa.
‘Nunca tinha visto isso na vida’, diz coletor
O corpo foi encontrado pelo coletor Sinval Serafim de Campos Pereira em uma lixeira que fica para fora do residencial. “Eu nunca tinha visto isso na minha vida e nunca imaginei que ia ver. Eu chego lá, começo a abrir sanito [sacos de lixo] por sanito, começo a tirar o que é reciclável e o que não é”.
“Quando eu peguei no saco, estava pesado. De repente, sai uma criança”.
Com a descoberta da recém-nascida na lixeira, os bombeiros, que haviam sido acionados horas antes pela própria família, ligaram os fatos e chamaram a Polícia Militar. Eles tentaram reanimar a bebê, mas não conseguiram.
“A mãe informou não saber da gravidez, que não tinha ciência da gravidez, que ela estava estranhando algumas atitudes da filha, que não se trocava mais perto dela, até questionou, mas falou que ela é bem retraída”, contou o sargento Vinícius Pisano da PM.
“Depois do fato ocorrido da criança ter nascido, ela informou ter sido violentada na escola e que, possivelmente, engravidou decorrente desse estupro. Porém, o período que ela fala do estupro, com o tamanho da criança, não confere”.
Segundo os moradores, mãe e filha moravam no local há cerca de um mês.
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