25 de dezembro de 2024

Justiça mantém prisão de suspeitos de participação na morte de advogado no Centro do Rio

Audiências de custódia aconteceram nesta quarta (6) e quinta-feira (7). Prisões temporárias foram mantidas. Cesar, Leandro e Eduardo, os três presos por envolvimento na morte do advogado Rodrigo Marinho Crespo
Reprodução
A Justiça do Rio manteve a prisão temporária dos três suspeitos de participar da morte do advogado Rodrigo Marinho Crespo. O crime aconteceu no dia 26 de fevereiro, no Centro do Rio de Janeiro.
As audiências de custódia de Eduardo Sobreira Moraes e Cézar Daniel Mondego de Souza aconteceram nesta quinta-feira (7). Já a de Leandro Machado Silva foi realizada nesta quarta-feira (6).
A polícia investiga o caso como execução e ainda não sabe quem atirou em Rodrigo. Ele foi assassinado a tiros à luz do dia, no meio da rua, perto do escritório em que trabalhava.
Rodrigo Marinho Crespo foi executado no Centro do Rio
Reprodução
Quem são os investigados:
Cezar Daniel Mondego de Souza: apontado como responsável por monitorar a vítima. Tinha cargo comissionado com salário de até R$ 6 mil na Assembleia Legislativa do RJ (Alerj).
Eduardo Sobreira Moreira: também é suspeito de vigiar os passos da vítima até a execução.
Leandro Machado da Silva: policial militar que, segundo as investigações, providenciou os carros usados no crime. É apontado como segurança de Vinícius Drumond, filho do contraventor Luizinho Drumond.
Eduardo Sobreira Moraes foi flagrado por câmera de segurança próximo à casa do advogado Rodrigo Crespo, na Lagoa
Reprodução
Carros iguais
De acordo com as investigações, pelo menos dois veículos participaram da emboscada a Crespo. Os carros tinham as mesmas características: eram Gols brancos. No último sábado (2), um dos veículos utilizados no homicídio foi apreendido em Maricá, na Região Metropolitana do Rio.
Segundo a polícia, Eduardo foi o responsável por vigiar e monitorar a vítima com um dos veículos. Na manhã do dia 26, Eduardo seguiu Crespo desde o momento em que o advogado saiu de casa, na Lagoa, Zona Sul do Rio, até chegar ao trabalho, no Centro.
Já o PM Leandro teria, também de acordo com a polícia, cuidado diretamente dos veículos usados na ação, tendo inclusive alugado um deles.
Policiais apreenderam o carro clonado no sábado (2), em Maricá, na Região Metropolitana do Rio
Reprodução
Motorista flagrado por câmeras
No dia do crime, Rodrigo saiu de casa, na Fonte da Saudade, na Lagoa, pela manhã. Ele foi para o Centro da cidade em um carro de aplicativo e chegou ao escritório às 11h11 sem saber que estava sendo seguido de perto por um dos suspeitos pelo crime.
O Gol conduzido por Eduardo o acompanhou durante todo o trajeto e permaneceu estacionado na Avenida Marechal Câmara até as 14h27, quando cedeu a vaga a outro veículo da mesma marca e cor, placa RTP-2H78. Nele, estava o assassino.
Através da rota de fuga do primeiro veículo, os investigadores começaram a descobrir detalhes sobre o assassinato.
Após a rendição, Eduardo seguiu no carro pela Avenida Franklin Roosevelt, pegou a Avenida Antônio Carlos e foi em direção ao Aterro do Flamengo. Na região, passou devagar por um posto de gasolina. E a polícia identificou a placa do veículo: RKS-6H29.
Com a informação, os investigadores passaram então a detalhar as rotas feitas pelo carro e a analisar câmeras próximas à residência de Rodrigo.
O veículo, que pertence a uma locadora de automóveis, na Taquara, foi devolvido no último dia 29, três dias após o crime. Quando os policiais o encontraram, ele já havia sido alugado por outra pessoa na sexta-feira (1).

Mais Notícias