27 de dezembro de 2024

Justiça nega exame de sanidade mental para pai que matou filha de três anos e abandonou corpo em carro no Paraná


Na audiência de custódia, juíza entendeu que Diego Souza teve integridade mental para cometer os crimes. Ele também atirou contra a ex-companheira. g1 aguarda resposta da defesa de Diego. Durante depoimento, Diego disse que cometeu os crimes por estar em “surto”.
Reprodução – RPC
A Justiça não aceitou o pedido de laudo de sanidade mental solicitado pela defesa de Diego Souza em audiência de custódia. O homem de 33 anos matou a filha, de três, e abandonou o corpo dela em um carro em Londrina, norte do Paraná. Ele também atirou contra a ex-companheira.
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A decisão acontece após Diego alegar, em depoimento ao delegado, que teve um surto no momento que praticou os crimes.
” Foi coisa que passou na minha cabeça na hora. Sim, me arrependo bastante, mas não estava [premeditado]… O meu plano primário era eu me matar, eu não suportava a ideia dela [a filha] ficar longe de mim e ficar com outro pai”, disse Diego em depoimento.
No auto da prisão em flagrante, a juíza Eveline Zanoni de Andrade declara que “não há, neste momento, pelo Juízo, dúvida sobre a integridade mental do autuado”.
O crime aconteceu na segunda-feira (23). O homem foi preso em flagrante horas depois e a prisão foi convertida para preventiva, após pedido do Ministério Público do Paraná (MP-PR).
Na terça-feira (24), a defesa de Diego informou que entraria com pedido de habeas corpus.
O homem já histórico criminal, com passagens por estupro de vulnerável e violência doméstica, cometidos contra outras mulheres.
O g1 aguarda resposta da defesa de Diego.
Ficha criminal de homem que matou filha é extensa
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Como foi o crime
Na segunda-feira (23), Diego foi até o condomínio em que a ex-companheira mora para entregar a filha do casal, de três anos. Ele e a menina passaram o final de semana juntos.
Ao chegar, de acordo com o depoimento da vítima, Diego disparou contra a filha e, em seguida, atirou contra a mulher. Ela relatou também que fingiu estar morta para que ele parasse de atirar.
Diego, então, fugiu. O carro com o corpo da menina foi encontrado na Rua Ângela Munhoz Moreno. Buscas pelo homem foram feitas pela Guarda Municipal, Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e Polícia Militar.
O homem, que confessou o crime em depoimento, foi encontrado em um bar e recebeu voz de prisão.
A ex-companheira foi levada ao Hospital da Zona Norte de Londrina e recebeu alta médica no mesmo dia. Os ferimentos foram de raspão.
Diego deve responder pelos crimes de feminicídio (contra a filha), tentativa de feminicídio (contra a ex), porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e resistência à prisão.
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Criança foi encontrada morta dentro do carro.
Patrícia Pivetta – RPC
Histórico de violência
A ex-companheira de Diego disse ao delegado que os dois ficaram juntos por sete anos. Eles se separaram quando a filha completou 45 dias de vida.
“Eu descobri que ele era usuário de drogas”, falou na oitiva.
Diego negou em depoimento que usasse drogas.
À polícia, a vítima disse que cerca de um mês e meio antes do crime Diego tentou agarrá-la dentro de um hospital, onde estava acompanhando a filha após uma cirurgia. Entretanto, o comportamento violento não era comum, de acordo com ela, e não foi registrado boletim de ocorrência.
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Ao ser preso, o homem disse que “se sentiu no direito” de cometer os crimes. A informação foi divulgada pelo guarda municipal (GM) Marcos Godoy, em entrevista à RPC.
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