De acordo com a decisão que indeferiu a liminar, ‘há indícios suficientes de autoria e materialidade’. O mastologista Danilo Costa
Reprodução/ TV Globo
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) negou um pedido de habeas corpus pedido pela defesa do médico Danilo Costa, de 46 anos. Ele é suspeito de cometer abusos sexuais durante consultas e está preso desde o último 4 de fevereiro.
Segundo a decisão, a qual a TV Globo teve acesso com exclusividade, “há indícios suficientes de autoria e materialidade”. Ao menos 14 vítimas já procuraram a polícia para denunciar o mastologista.
“Ademais, o simples afastamento da função de médico não é suficiente para impedir a reiteração de conduta criminosa, uma vez que há indícios, por meio do citado comportamento, de ser o investigado capaz de cometer delitos independentemente de seu vínculo profissional, tendo em vista a violência informada pela vítima”, destaca o documento.
Ainda de acordo com a decisão da Justiça de Minas, “…sendo recomendável, por prevenção, que o paciente seja mantido preso no estabelecimento prisional até que venham aos autos as informações da douta autoridade apontada como coatora.” A Justiça já havia negado o pedido de revogação de prisão preventiva de Danilo.
Na última terça-feira (11), a Polícia Civil cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa do suspeito. No local, os policiais coletaram material biológico que possibilite o confronto com outras provas.
Novas denúncias podem ser feitas pelo Disque 100, pelo 180 e pelo programa “Chame a Frida” em Itabira pelo número (31) 99398-6100.
Quatorze denúncias
Outras quatro mulheres procuraram a Polícia Civil para denunciar o médico Danilo Costa, de 46 anos. Segundo o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), na segunda-feira (10), o número de vítimas do mastologista subiu para 14, sendo que o depoimento de uma delas foi finalizado apenas nesta terça (11).
Das quatro pacientes, três são de Itabira, cidade onde o médico atuava, e uma de Barão de Cocais— esta seria a primeira vítima que sofreu os abusos em outro município.
De acordo com a promotora de justiça Mariana Michieletto da Silva, os crimes sexuais aconteciam sempre na mesma linha: as funcionárias ou pacientes eram agarradas e violentadas dentro do consultório dele.
“Essas novas vítimas criaram coragem de denunciá-lo só agora porque viram que ele permaneceu preso. É inegável que a decisão de mantê-lo preso encorajou as vítimas a procurar as autoridades”, afirmou a promotora.
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