19 de outubro de 2024

Justiça pede que governo de MT explique possíveis irregularidades em obras no Portão do Inferno

Problemas foram apontados em uma ação movida pelo Ministério Público Federal e Estadual, nesta semana. Região do Portão do Inferno, na estrada para Chapada dos Guimarães.
Sinfra-MT/Reprodução
A Justiça pediu, nesta sexta-feira (18), que o governo de Mato Grosso explique, em até cinco dias, sobre possíveis irregularidades nas obras na região do Portão do Inferno, na MT-251, em Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá, apontadas em uma ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT).
O g1 entrou em contato com o governo do estado, mas não obteve retorno até esta publicação.
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O MPF e o MPMT apontaram diversas irregularidades no licenciamento ambiental da obra na ação despachada na última terça-feira (15). Entre elas estão:
ausência de motivação para aplicação do licenciamento simplificado;
indevida classificação de risco das obras de retaludamento;
nulidade da Autorização para Licenciamento Ambiental;
ausência de consulta prévia ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) quanto aos eventuais impactos das obras.
Conforme a ação, o objetivo é suspender as obras de retaludamento da encosta do trecho conhecido como “Portão do Inferno”, na rodovia MT-251, no interior do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, alegando riscos ambientais e à segurança pública.
Foi solicitado ao estado a implementação integral um sistema de monitoramento ambiental sugerido em um relatório técnico, como medida para mitigar o risco de novos deslizamentos.
O juiz substituto responsável, Diogo Negrisoli Oliveira, optou por não conceder imediatamente a tutela de urgência sem ouvir as partes envolvidas, “em respeito ao princípio do contraditório”, e determinou que os envolvidos se manifestem no prazo de cinco dias, antes da análise final da liminar​.
Em caso de descumprimento da solicitação dentro do prazo, foi estipulada uma multa diária de 50 mil reais.
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