1 de março de 2025

Justiça proíbe a Prefeitura de SP de multar e apreender motos de aplicativo


8ª Vara da Fazenda Pública determinou que prefeitura não aplique nenhuma sanção. Cabe recurso. Em outro processo, Tribunal de Justiça votará se mantém ou não decisão que suspendeu serviço. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) trava uma briga jurídica com as empresas de moto por app
Montagem/g1/Reprodução/Redes Sociais
A Justiça proibiu a Prefeitura de São Paulo de multar e apreender motos de aplicativo que transportam passageiros. A decisão de primeira instância é de quinta-feira (27) e atende a um pedido da Uber. Ela acontece um dia após decisão judicial que declarou inconstitucional o decreto municipal que veda o serviço na cidade.
A empresa passou a disponibilizar o serviço cidade e trava uma disputa jurídica com a administração pública, que é contrária ao serviço.
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Na quinta, a 8ª Vara de Fazenda Pública determinou que os órgãos fiscalizadores da prefeitura “abstenham-se de adotar quaisquer medidas sancionatórias” contra “a impetrante [Uber] e os motoclicistas que prestam serviço de transporte individual privado de passageiros”.
A Procuradoria Geral do Município já informou que estuda o recurso que será apresentado. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) argumenta que o serviço é inseguro aos usuários e pode causar acidentes fatais.
Em nota, a Uber informou que “considera que a decisão da 8ª Vara de Fazenda Pública de São Paulo, que declarou a impossibilidade de proibição do transporte de passageiros por motocicletas na capital, reforça a legalidade do Uber Moto no município”.
Além da Uber, a 99 e a Cabify, que também disponibilizam o serviço na capital, acabam beneficiadas pela decisão. A reportagem não conseguiu localizá-las para comentar o assunto.
Prefeitura x moto por app
A decisão de proibir as multas vem um dia após a própria 8ª Vara de Fazenda Pública, ao analisar um mandado de segurança da 99, declarar inconstitucional o decreto municipal que proíbe o transporte de passageiros por meio de motos de app e prevê multa e até apreensão do veículo.
Segundo a decisão judicial, a legislação federal autoriza esse tipo de serviço e cabe ao município apenas regulamentá-lo, não proibi-lo.
Justiça derruba decreto do prefeito Ricardo Nunes que proibia serviço de mototáxi
Outro processo sobre o assunto também tramita na Justiça. Em 27 de janeiro, o Tribunal de Justiça atendeu a um pedido da prefeitura e determinou a suspensão imediata do serviço na cidade.
A decisão liminar (provisória) foi dada por um desembargador, que atua na segunda instância da Justiça. Outros magistrados ainda terão de julgar o caso. Ainda não há data prevista para o julgamento.
Mototáxi em SP
Reprodução/ TV Globo

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