9 de outubro de 2024

Kamala e Trump aparecem em empate técnico em duas novas pesquisas

Democrata lidera com margem de três pontos percentuais em levantamentos NY Times/ Siena College e Reuters Ipsos. Os candidatos à presidência dos EUA Kamala Harris e Donald Trump.
Nathan Howard, Jeenah Moon/ Reuters
Duas novas pesquisas de intenção de voto nos Estados Unidos reveladas nesta terça-feira (8) uma situação de empate técnico entre Kamala Harris e Donald Trump, com uma ligeira vantagem para a democrata.
Em um levantamento da agência de notícias Reuters e do Instituto Ipsos, 46% dos entrevistados disseram que votarão na a vice-presidente democrata, contra 43% dos que manifestaram voto para Trump. A pesquisa tem margem de erro de três pontos percentuais para mais e para menos.
A pesquisa de quatro dias concluída na segunda-feira mostrou que Trump, que ficou seis pontos atrás de Kamala em uma pesquisa Reuters/Ipsos de 20 a 23 de setembro, é o candidato preferido para uma série de questões econômicas e que alguns eleitores poderiam ser influenciados por suas afirmações de que os imigrantes ilegais no país são propensos ao crime, alegações que foram amplamente desqualificadas por acadêmicos e institutos.
Kamala e Trump aparecem em empate técnico em pesquisas
A pesquisa teve uma margem de erro de cerca de 3 pontos percentuais.
Os entrevistados classificaram a economia como a principal questão enfrentada pelo país, e cerca de 44% disseram que Trump tem a melhor abordagem para lidar com o “custo de vida”, em comparação com 38% que escolheram Kamala.
Entre uma série de questões econômicas que o próximo presidente deve abordar, cerca de 70% dos entrevistados disseram que o custo de vida seria a mais importante, com apenas uma pequena parcela escolhendo o mercado de trabalho, impostos ou “me deixar melhor financeiramente”. Trump teve mais apoio do que Kamala em cada uma dessas áreas também, embora os eleitores, por uma margem de 42% a 35%, achem que Kamala é a melhor candidata para tratar da lacuna entre ricos e médios.
Trump pareceu ser impulsionado pela preocupação generalizada com a imigração, atualmente em seu nível mais alto nos Estados Unidos em mais de um século. Cerca de 53% dos eleitores da pesquisa disseram concordar com uma declaração de que “os imigrantes que estão no país ilegalmente são um perigo para a segurança pública”, em comparação com 41% que discordaram. Os eleitores estavam mais divididos sobre a questão em uma pesquisa Reuters/Ipsos de maio, quando 45% concordaram e 46% discordaram.
Em comícios de campanha durante todo o ano, Trump tem chamado a atenção para os crimes cometidos por imigrantes que estão no país ilegalmente. Embora existam poucos dados sobre o status imigratório dos criminosos, os estudos em geral apontam que os imigrantes não têm maior probabilidade de se envolver em crimes do que os norte-americanos nativos.
Kamala esteve à frente de Trump em cada uma das seis pesquisas Reuters/Ipsos sobre o confronto entre eles desde que entrou na disputa no final de julho. A última pesquisa mostrou Kamala com dois pontos percentuais de vantagem – 47% a 45% – entre os eleitores que parecem mais propensos a votar em novembro. Cerca de dois terços dos eleitores elegíveis compareceram às urnas na eleição presidencial de 2020, de acordo com uma estimativa do Pew Research Center.
Embora as pesquisas nacionais, incluindo as da Reuters/Ipsos, forneçam sinais importantes sobre as opiniões do eleitorado, os resultados do Colégio Eleitoral determinam o vencedor, sendo que sete Estados cruciais provavelmente serão decisivos. As pesquisas mostraram que Kamala e Trump estão empatados nesses Estados, com muitos resultados dentro das margens de erro.
Kamala entrou na disputa depois que o presidente democrata Joe Biden encerrou seu esforço de reeleição após um desempenho ruim no debate contra Trump em junho. Na ocasião, Trump era amplamente visto como o primeiro colocado, em parte com base em sua força percebida na economia após vários anos de inflação alta durante o governo Biden.
A última pesquisa Reuters/Ipsos entrevistou 1.272 adultos online, em todo o país, incluindo 1.076 eleitores registrados. Entre eles, 969 foram considerados mais propensos a comparecer às urnas no dia da eleição.

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