13 de novembro de 2024

‘KombiQueijo’: grupo viaja em veículo especial para divulgar candidatura do Queijo Minas Artesanal ao título de Patrimônio Imaterial da Humanidade


Veículo vai percorrer as 10 principais regiões produtoras do estado. Dentro do veículo, em uma redoma de vidro, há um Queijo Minas Artesanal de quatro quilos. KombiQueijo vai percorrer as 10 regiões produtoras
Divulgação
Os mineiros estão unidos por uma causa: tornar o Modo de Fazer o Queijo Minas Artesanal (QMA) um Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco.
Para divulgar a candidatura e reforçar pedido pelo reconhecimento, a missão “Rumo ao Patrimônio Cultural” foi lançada nesta semana, em Araxá, no Alto Paranaíba, por um grupo de apaixonados pela iguaria. Juntos, eles farão uma jornada especial que levará um queijo de mais de quatro quilos para percorrer as dez principais regiões produtoras do estado.
“A missão não é apenas uma viagem, é um evento cultural em movimento. Vamos mostrar que todos estão focados e unidos em prol dessa causa”, destacou a integrante da Comissão para a Promoção da Candidatura e organizadora da ExpoQueijo Brasil, Maricell Hussein.
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KombiQueijo
KombiQueijo passará por cidades mineiras
Divulgação
Dentro da KombiQueijo, há uma redoma de vidro onde o queijo de mais de quatro quilos fica guardado.
A comitiva será recebida com festa por prefeituras, associações e produtores ao longo do caminho.
Araxá foi o ponto de partida da missão. Na sequência, o grupo segue para as regiões produtoras do Triângulo Mineiro, Cerrado, Serra do Salitre e Canastra. A aventura, então, ganha outros ares nas regiões de serras da Ibitipoca, Campo das Vertentes e Diamantina, passando pelo Serro e Entre Serras da Piedade ao Caraça.
Antes da conclusão da jornada, a KombiQueijo faz uma parada em Belo Horizonte, onde o queijo será exibido e recebido no Mercado Central. A previsão é que o retorno a Araxá ocorra até o dia 18 de novembro. Serão quase três mil quilômetros percorridos.
A cada cidade visitada, um pedaço de um mapa das regiões produtoras será entregue, formando, ao final, um grande quebra-cabeça simbólico.
“Estamos muito confiantes que a Unesco vai, sim, reconhecer, no dia cinco de dezembro no Paraguai, nosso modo de fazer o QMA. Esperamos celebrar na ExpoQueijo essa conquista, montando esse quebra-cabeça em um pedestal e unindo esse mapa com todas as regiões. É a hora de projetarmos a cultura do queijo mineiro para o mundo”, destaca Maricell Hussein.
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Queijo Minas
Queijo dentro da Kombi
Divulgação
O Queijo Minas Artesanal se destaca pelo seu modo de fazer. Famoso por ser feito a partir de leite de vaca cru e por manter métodos tradicionais em pequenas propriedades rurais, a iguaria é fonte de renda para milhares de pessoas no estado.
Atualmente, são reconhecidas 10 microrregiões produtoras. Somente produtores dessas regiões têm autorização para usar o nome da localidade na rotulagem, conforme o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).
O produto é regulamentado pela Lei Estadual nº 23.157, de 18 de dezembro de 2018, que define o Queijo Minas Artesanal como o queijo produzido em conformidade com a tradição cultural e histórica de cada região. O processo deve seguir normas específicas, incluindo o uso de leite integral fresco e cru da própria propriedade, sem adição de conservantes ou corantes, resultando em uma massa uniforme e com sabor característico.
Em março de 2023, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) formalizou a candidatura do Modo de Fazer do Queijo Minas Artesanal junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que encaminhou a documentação à Unesco. O processo de análise pela Unesco é rigoroso e inclui uma avaliação da relevância cultural do Queijo Minas Artesanal e sua salvaguarda por órgãos brasileiros.
Durante o ciclo de candidatura, diversas ações de promoção foram realizadas para destacar a importância dessa tradição centenária e engajar tanto a sociedade quanto os delegados internacionais.
Roteiro
07/11 – Ocorreu a saída de Araxá (Região de Araxá)
07/11 – Passagem por Uberlândia (Triângulo Mineiro)
08/11 – Passagem por Abadia dos Dourados (Cerrado)
08/11 – Passagem por Serra do Salitre (Serra do Salitre)
09/11 – Passsagem por São Roque de Minas (Canastra)
11/11 – Lima Duarte (Serras da Ibitipoca)
12/11 – Tiradentes (Campo das Vertentes)
13/11 – Diamantina (Diamantina)
14/11 – Serro (Serro)
15/11 – Santuário do Caraça, Catas Altas (Entre Serras da Piedade ao Caraça)
16/11 – Santuário Nossa Senhora da Piedade, Caeté (Entre Serras da Piedade ao Caraça)
17/11 – Belo Horizonte
18/11 – Retorno para Araxá (Região de Araxá)
Comitiva parte de Araxá em Kombi para promover Queijo Minas como patrimônio da humanidade
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