28 de dezembro de 2024

Lancha desgovernada no DF: Saiba quem estava na embarcação; um homem morreu

Segundo boletim de ocorrência, idoso de 73 anos que morreu no hospital era militar aposentado. Homem de 65 anos é coronel reformado do Exército e piloto, de 49 anos, economista; ambos sobreviveram. Lancha fica desgovernada após perder piloto em Brasília
Reprodução
O homem de 73 anos que morreu após uma lancha desgovernada jogá-lo para fora da embarcação, no Lago Paranoá, em Brasília, no sábado (29), era um militar aposentado. Natural do Rio de Janeiro ele que morava na região do Sudoeste, na capital federal.
Os três ocupantes eram:
José Carlos Ribeiro Venâncio: militar aposentado do Exército, de 73 anos, que morreu
Paulo César Rodrigues Borges: coronel reformado do Exército, de 65 anos
José Ricardo de Abreu Dias: economista e piloto da embarcação, de 49 anos
José Carlos Ribeiro Venâncio foi reanimado durante 40 minutos. Quando os batimentos cardíacos foram restabelecidos, ele foi levado para o Hospital de Base, onde morreu no domingo (30).
Os outros dois passageiros do barco, Paulo César e José Ricardo, não se feriram com gravidade. Os três eram amigos e, segundo o depoimento, o passeio ocorria normalmente até haver “um tranco” na lancha (veja depoimento de Paulo César abaixo).
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‘Tranco’ na lancha
Vídeo mostra momento em que lancha desgovernada navega sem passageiros em Brasília
Em depoimento à polícia, Paulo César Borges, que também foi jogado da embarcação, contou que o passeio de lancha ocorreu dentro do esperado até o momento em que, distraído pela conversa com o amigo José Venâncio, ocorreu um “tranco” na embarcação. Os dois estavam sentados no barco e José Ricardo estava pilotando.
Na água, ele percebeu que o seu braço estava machucado e nadou para a margem do lago. Antes de chegar à orla, ocupantes de um iate de grande porte o resgataram e também o piloto João Ricardo.
Paulo César contou que foi arremessado da lancha e escutou uma voz o chamando, mas não soube identificar de quem era. A lancha, que começou a rodar sem rumo, quase o atropelou duas vezes.
Paulo César disse que José Venâncio foi resgatado por um homem em um moto aquática. No píer, os primeiros socorros foram realizados com prioridade para José Venâncio, que foi levado para o Hospital de Base, mas morreu no domingo (30). Paulo César foi levado para um hospital particular do DF.
Piloto habilitado
Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o piloto José Ricardo de Abreu Dias é “amigo pessoal da vítima”. O homem é habilitado e tinha a documentação válida.
“Ele [piloto] é habilitado e a lancha tinha documentação válida. O caso será concluído nos próximos dias e remetido ao judiciário”, diz a PCDF que não informou o motivo do acidente e o que levou as pessoas a pularem na água.
Por telefone, a defesa do piloto da lancha disse que João Ricardo prestou o depoimento tanto na 1ª DP, responsável pelo caso, quanto na Capitania dos Portos. Segundo o advogado, João estava pilotando a lancha no momento em que foi surpreendido, mas ele não soube dizer o que aconteceu, “pode ter sido uma pane”.
“Os três que estavam na lancha eram grandes amigos, e o João Ricardo fez o que pode para ajudar o amigo. No momento do acidente, os três foram lançados para fora da lancha. O João e o Paulo ficaram próximos e foram atingidos pela lancha, mas o terceiro acabou ficando mais afastado. Em nenhum momento o João se afastou ou não prestou socorros, apenas quando a equipe de socorro chegou”, diz defesa do piloto João Ricardo.
Barco desgovernado
Imagens feitas por testemunhas mostram o momento em que a lancha ficou desgovernada, sem passageiros a bordo, no sábado (29), no Lago Paranoá, em Brasília. O vídeo mostra a embarcação de um lado para o outro, em zigue zague, no trecho entre o Palácio da Alvorada — residência oficial do presidente da República — e a ponte JK, sem ninguém a bordo.
A lancha só parou depois de atravessar um deck de madeira e bater em uma mureta, perto de um condomínio.
A Marinha, por meio da Capitania Fluvial de Brasília, também investiga o caso. A corporação disse que prestou apoio às vítimas e que instaurou um inquérito “para apurar as causas, circunstâncias e responsabilidades do ocorrido”.
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