5 de outubro de 2024

Laudo policial aponta que suspeito de estuprar enteada de 2 anos também agrediu e mordeu criança em MS

Suspeito confessou parcialmente o crime e permanece preso. Ele foi indiciado pelos crimes de estupro, lesão corporal e tortura. Lençol e fralda com sangue foi apreendido pela polícia
Divulgação
A Polícia Civil de Brasilândia concluiu a investigação e indiciou um homem, de 28 anos, pelos crimes de estupro, lesão corporal e tortura contra a enteada de 2 anos. O crime aconteceu na sexta-feira (27) e a criança segue estável na Santa Casa de Campo Grande.
Conforme as investigações, a criança estava dormindo em casa, sob a responsabilidade dos irmãos menores de idade, quando a babá chegou para trabalhar na manhã de sexta-feira. Em depoimento, a mulher relatou que a menina estava inquieta, e ao trocar a fralda, encontrou várias lesões na região íntima da vítima e sangue.
A criança foi levada ao médico pela mãe e, após o Conselho Tutelar e a Polícia Militar serem acionados, o padrasto foi preso em flagrante.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Avelino Rafael Mantovani, ao ser preso o suspeito negou o crime. Porém, em novo interrogatório, realizado na terça (01), o suspeito confessou parcialmente o que ocorreu na residência, mas negou ter estuprado a enteada.
Para a polícia, ele contou que teria acordado com o choro da criança, que supostamente teria caído da cama e machucado a cabeça. Ele afirmou que, ao trocar e dar banho na vítima, teria tocado na nela, causando as lesões. Ainda conforme a polícia, ele disse que ao perceber o sangramento, subestimou a gravidade do ferimento e foi trabalhar. Já em relação a mordida, o suspeito afirmou que foi o cachorro de estimação.
Contudo, laudos periciais e demais indícios obtidos durante a investigação, contradizem a versão do suspeito. As provas apontam que a lesão na cabeça da criança foi causada por agressão em razão a trauma, a mordida é compatível com a de um ser humano adulto, e as lesões genitais foram graves e provocadas intencionalmente.
Transferida para a capital, a menina precisou passou por cirurgia de reconstrução vaginal e permanece internada em quadro estável.
As investigações foram concluídas nessa quarta-feira (3) e o suspeito indiciado pelos crimes de estupro de vulnerável, lesão corporal no contexto de violência doméstica e tortura.
Ainda o relatório policial, no caso em questão, o suspeito não apenas cometeu abuso sexual, mas também submeteu a vítima a agressões físicas, como as mordidas e demais lesões, com o objetivo de puni-la ou submetê-la ao seu controle e poder. Esses atos de violência física e psicológica provocam sofrimento profundo, caracterizando o crime de tortura. As penas somadas pelos crimes podem passar de 30 anos de reclusão.
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