13 de janeiro de 2025

Levantamento do Procon-SP aponta variação superior a 680% em preços de remédios genéricos, em Presidente Prudente

Entre os medicamentos de referência, a diferença chega a 34,32%. Fundação Procon-SP realizou pesquisa de preços de medicamentos em Presidente Prudente (SP)
Reprodução/EPTV
Uma pesquisa realizada pela Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor do Estado de São Paulo (Procon-SP) constatou uma diferença de preços de até 685,62% entre medicamentos genéricos vendidos em drogarias de Presidente Prudente (SP). Veja o levantamento completo aqui.
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Na maior variação, o medicamento nimesulida foi encontrado com preços entre R$ 2,99 e R$ 23,49. A diferença no valor absoluto corresponde a R$ 20,50 para o item com apresentação de 100 miligramas (mg) – 12 comprimidos.
Já entre os medicamentos de referência, a maior diferença de preços encontrada pelo levantamento foi de 34,32%. No caso do medicamento claritin (loratadina), com apresentação de 10 mg – 12 comprimidos, os preços variaram entre R$ 16,90 e R$ 22,70, com uma diferença no valor absoluto de R$ 5,80.
A pesquisa, realizada nos dias 27 e 28 de maio, envolveu seis drogarias na cidade. Foram pesquisados 39 medicamentos, com 17 de referência e 22 genéricos. Não foram considerados os descontos vinculados ao Programa Farmácia Popular.
A Fundação Procon-SP frisou que os preços dos remédios necessitam de aprovação da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) e os reajustes dos produtos ocorrem anualmente.
O levantamento constatou que, em média, os medicamentos genéricos são 59,45% mais baratos do que os de referência.
A Fundação Procon-SP verificou que vários fatores são determinantes de preço neste segmento, como:
a aplicação de descontos pode variar de acordo com as condições locais de mercado, rentabilidade da loja e condições comerciais de compra;
em algumas drogarias de rede, há políticas comerciais diferentes para cada canal de venda (loja física, telefone e site – loja virtual); e
há redes que são regidas pelo sistema de franquia, não existindo uma política única de preços entre os franqueados.
De acordo com a Fundação Procon-SP, é essencial a pesquisa de preços sempre aliada à recomendação e à prescrição médicas.
O órgão também indicou que o consumidor:
verifique o prazo de validade antes de comprar o medicamento;
constate se o número do lote, o prazo de validade e a data de fabricação que constam na caixa do medicamento são iguais aos marcados nas cartelas ou nos frascos; e
guarde sempre o medicamento em local seco, arejado e fora do alcance de crianças.
Comparação entre preços
Ainda conforme o órgão estadual, é interessante que o consumidor, antes de uma criteriosa pesquisa, consulte a lista de Preços Máximos (PMC) dos medicamentos, disponível no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A consulta também poderá ser efetuada nas listas de preços que devem estar disponíveis ao consumidor nas farmácias e drogarias, conforme determina a Cmed.
Munido dessa informação, o consumidor deve comparar os preços dos medicamentos entre os diversos estabelecimentos, como também os da própria rede, já que podem variar significativamente.
“Na comparação entre preços de medicamentos de referência e genéricos, observa-se que a diferença é grande. Por serem produzidos por diversos laboratórios, os medicamentos genéricos são, em geral, mais baratos. Mas é bom lembrar que um genérico de um mesmo laboratório também pode apresentar preços diferentes entre as drogarias/farmácias”, salientou a Fundação Procon-SP.
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